Por que sou rondoniano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos Avançados |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142009000100013 |
Resumo: | Numa revisão contextualizada no tempo e projetada pelos seus resultados, a obra do sertanista marechal Cândido Rondon (1867-1958) é avaliada positivamente pela dedicação à causa dos povos indígenas do Brasil, pela formação de uma ética de respeito do brasileiro para com os índios e pela institucionalização do dever do Estado brasileiro de proteger, assistir e ajudar os povos indígenas a manterem-se coesos e autônomos e ao mesmo tempo se projetarem no mundo mais amplo. A vida de Rondon é acompanhada desde a sua formação como cadete da Escola Militar, como membro da Igreja do Apostolado Positivista, como comandante da Expedição Rondon (1907-1930), que levou o telégrafo de Cuiabá a Porto Velho, e especialmente como criador e dirigente-mor do Serviço de Proteção aos Índios (SPI, 1910-1967). Rondon é o criador da expressão "Morrer se preciso for, matar nunca", que pautou a ação de indigenistas brasileiros que fizeram os primeiros contatos com muitos povos indígenas desde 1910. E muitos morreram seguindo essa norma, numa clara demonstração do novo espírito humanista criado pela atitude rondoniana. O indigenismo brasileiro implantado por Rondon teve altos e baixos ao longo de quase cem anos, que hoje prossegue pela Fundação Nacional do Índio (Funai). De fato, muitos povos indígenas perderam suas terras e muitos foram dizimados no século XX, mas os mais de 220 que sobreviveram vêm crescendo em número, obtendo suas terras (13% do território nacional) e conquistando novos espaços político-culturais no Brasil. |
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