Um novo ecossistema: florestas urbanas construídas pelo Estado e pelos ativistas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva,Erica Moniz Ferreira da
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Bender,Fabiano, Monaco,Márcio Luiz da Silva de, Smith,Ana Katherine, Silva,Paola, Buckeridge,Marcos Silveira, Elbl,Paula Maria, Locosselli,Giuliano Maselli
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Estudos Avançados
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142019000400081
Resumo: resumo Historicamente, a expansão das cidades resultou na substituição da paisagem natural pela urbana, tendo como consequência a degradação ambiental por meio das mudanças na cobertura do solo, nos sistemas hidrológicos, nos ciclos biogeoquímicos, no clima e na biodiversidade, tornando as cidades especialmente vulneráveis às mudanças climáticas. A reversão desses processos é uma medida que visa a promoção da qualidade de vida nas cidades, na qual a arborização possui um papel fundamental por fornecer uma série de serviços ecossistêmicos valiosos para a promoção da biodiversidade, saúde e bem-estar social. Sendo direito de todos um meio ambiente equilibrado, saudável, de uso comum e essencial à qualidade de vida, o verde urbano é assunto interdisciplinar e de responsabilidade comum e generalizada. Cabe ao poder público a regularização, criação e manutenção dos plantios, promovendo o plantio de árvores a distâncias predeterminadas de acordo com o porte de cada espécie. Porém, os movimentos ativistas se desenvolveram no vácuo da morosidade do poder público seguindo, em geral, o método de adensamento de árvores pautado pelo conceito de sucessão ecológica. Ao promover a restauração dos serviços ecossistêmicos, as duas iniciativas de plantio arbóreo tendem a trazer grandes benefícios às grandes cidades, como São Paulo. Porém, a complexidade da paisagem urbana exige uma avaliação sistêmica dos plantios para definir a sua adequação espacial e otimizar os seus benefícios. O plantio das florestas urbanas não deve ter como objetivo recriar as condições naturais pré-urbanização, mas sim, desenvolver áreas verdes integradas à malha urbana que garantam um ambiente saudável e equilibrado, preservando as interações sociais. Ao visualizar o meio urbano como um ecossistema completo, é possível estabelecer critérios que otimizem os benefícios da arborização urbana. Estes critérios devem ser baseados em conhecimento técnico e científico, levando em conta necessidades sociais, para que o melhor método seja escolhido, caso a caso.
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