Os Huni Kuin na política dos Brancos: eleições, missão e chefia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Mana (Rio de Janeiro. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132019000200551 |
Resumo: | Resumo A participação indígena na política partidária brasileira tem aumentado nos últimos anos, como comprovam o número de candidaturas e os atuais resultados eleitorais. Partindo deste contexto, o artigo trata da participação do povo Huni Kuin (família linguística pano), também conhecido como Kaxinawá, na política partidária do município de Santa Rosa do Purus, Acre/Brasil. Desde 1992, os indígenas estão candidatando-se aos cargos de vereador, prefeito e vice-prefeito. A presença nas eleições e o aumento das relações com a “sociedade dos Brancos” produziram transformações no grupo e na vida das lideranças huni kuin. A partir de conceitos nativos, o texto descreve como essas novas relações tiveram como consequência uma reflexão e problematização da noção de política e também mudanças no modo como a representação e a chefia operam. Assim, os Huni Kuin definem a política partidária como a “política dos Brancos”, cuja principal característica é produzir “divisão entre os parentes”; em contraposição, a política huni kuin seria marcada pela “união”. Outra consequência importante é a transição da aldeia para a cidade, onde as lideranças passam a viver para o exercício dos mandatos e a ocupação de cargos no Estado. Os períodos fora da aldeia podem se prolongar por anos e são encarados como uma espécie de “missão” a ser cumprida em benefício do povo, ainda que a estadia na cidade traga dificuldades e perigos. |
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