Entre a distração e o esquecimento: a colonização da fronteira Brasil-Guiana segundo leituras históricas e míticas
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Data de Publicação: | 2022 |
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Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132022000200103 |
Resumo: | Resumo: No livro Absent-minded Imperialism, o antropólogo Peter Rivière reconstitui o litígio do Pirara, que definiu a fronteira entre o Brasil e a Guiana Britânica de então. Em contraste com as percepções de colonizadores ingleses, manifestas nas fontes privilegiadas pelo autor, este artigo examina leituras dos povos Kapon e Pemon de aspectos da colonização da Guiana, os quais também se revelaram em episódios específicos do litígio. Essas leituras são inerentes a narrativas míticas de origem da religião Areruya - uma cristalização de antigos movimentos proféticos kapon e pemon. Muitos deles foram liderados por pajés, que conviveram periodicamente com missionários cristãos. Hoje, os adeptos da religião indígena negam que ela tenha influência missionária. Para refletir sobre essa percepção, considero tanto o que as próprias narrativas míticas relativas obliteram quanto o que elas preservam da história do contato dos profetas pioneiros com missionários. Por fim, sugiro que a versão mais claramente mitificada condiz melhor com o lugar na colonização no sistema conceitual de Areruya. |
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Entre a distração e o esquecimento: a colonização da fronteira Brasil-Guiana segundo leituras históricas e míticasKapon e PemonColonização da Guiana BritânicaProfetismosMito e HistóriaCristianismo na AmazôniaResumo: No livro Absent-minded Imperialism, o antropólogo Peter Rivière reconstitui o litígio do Pirara, que definiu a fronteira entre o Brasil e a Guiana Britânica de então. Em contraste com as percepções de colonizadores ingleses, manifestas nas fontes privilegiadas pelo autor, este artigo examina leituras dos povos Kapon e Pemon de aspectos da colonização da Guiana, os quais também se revelaram em episódios específicos do litígio. Essas leituras são inerentes a narrativas míticas de origem da religião Areruya - uma cristalização de antigos movimentos proféticos kapon e pemon. Muitos deles foram liderados por pajés, que conviveram periodicamente com missionários cristãos. Hoje, os adeptos da religião indígena negam que ela tenha influência missionária. Para refletir sobre essa percepção, considero tanto o que as próprias narrativas míticas relativas obliteram quanto o que elas preservam da história do contato dos profetas pioneiros com missionários. Por fim, sugiro que a versão mais claramente mitificada condiz melhor com o lugar na colonização no sistema conceitual de Areruya.Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS-Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ2022-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132022000200103Mana v.28 n.2 2022reponame:Mana (Rio de Janeiro. Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ10.1590/1678-49442022v28n2a103info:eu-repo/semantics/openAccessAmaral,Virgíniapor2022-10-18T00:00:00Zoai:scielo:S0104-93132022000200103Revistahttp://www.scielo.br/manaONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevistamana@bighost.com.br||revistamanappgas@gmail.com1678-49440104-9313opendoar:2022-10-18T00:00Mana (Rio de Janeiro. Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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