Mulé’ tem que ficar esperta: turismo, encontros passionais e gestão feminina da intimidade no nordeste do brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Mana (Rio de Janeiro. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132017000100137 |
Resumo: | Resumo Baseado num trabalho de campo etnográfico, o texto considera as configurações passionais adultas resultantes do encontro de turistas europeus e mulheres brasileiras no bairro balnear de Ponta Negra (Natal-RN, nordeste brasileiro). A análise centra-se nas expectativas, estratégias e práticas femininas presentes nessas relações transatlânticas, assumindo-se a impossibilidade de estabelecer uma demarcação rígida entre dinheiro e amor, entre programas e outras formas de convivência íntima. A generalidade das mulheres gere os seus relacionamentos a partir de um conjunto semelhante de propósitos, embora ponderados de modo variável. Os interesses materiais tendem a assumir grande relevância e transversalidade. Todavia, entrecruzam-se com um leque de muitos outros desejos e projectos significativos no âmbito do género, da conjugalidade, da família e das migrações. Na prossecução destes desígnios, as mulheres evidenciam engenhosos procedimentos micropolíticos de intimidade, tentando compensar a posição social adversa ante os turistas europeus, estruturalmente favorecidos pelas intersecções de nacionalidade, classe, “raça” e género. |
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