Sobre alteridade e o sagrado em uma época de globalização: o "trans" em "transnacional" é o mesmo "trans" de "transcendente"?
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Mana (Rio de Janeiro. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132008000100005 |
Resumo: | Por que as formas mais populares do cristianismo contemporâneo são aquelas que vêem uma distância radical entre céu e Terra? Com base em teorias acerca do papel da alteridade na religião, e particularmente nas teorias da época axial - que enfatizam a distintividade das religiões afirmadoras de uma relação de alteridade profunda entre o transcendente e o mundano - sugiro que o pentecostalismo se difunde rapidamente devido, em parte, ao modo com que dá destaque a tal alteridade. A globalização, ao tornar tantas pessoas, no mundo, descentradas em suas próprias vidas, produziu um grande reservatório de alteridade mundana vivida como experiência: uma percepção de que os poderes reais deste mundo são diferentes daqueles de cada um, e vêm de outro lugar. Meu argumento é que, para aqueles que experimentam a alteridade nesses termos globais, as religiões axiais, como o pentecostalismo, são boas para pensar, pois reconhecem a distância entre o transcendente e o mundano ao mesmo tempo que sugerem ser possível transpô-la. |
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Sobre alteridade e o sagrado em uma época de globalização: o "trans" em "transnacional" é o mesmo "trans" de "transcendente"?PentecostalismoParaísoGlobalizaçãoEra AxialPapua-Nova GuinéPor que as formas mais populares do cristianismo contemporâneo são aquelas que vêem uma distância radical entre céu e Terra? Com base em teorias acerca do papel da alteridade na religião, e particularmente nas teorias da época axial - que enfatizam a distintividade das religiões afirmadoras de uma relação de alteridade profunda entre o transcendente e o mundano - sugiro que o pentecostalismo se difunde rapidamente devido, em parte, ao modo com que dá destaque a tal alteridade. A globalização, ao tornar tantas pessoas, no mundo, descentradas em suas próprias vidas, produziu um grande reservatório de alteridade mundana vivida como experiência: uma percepção de que os poderes reais deste mundo são diferentes daqueles de cada um, e vêm de outro lugar. Meu argumento é que, para aqueles que experimentam a alteridade nesses termos globais, as religiões axiais, como o pentecostalismo, são boas para pensar, pois reconhecem a distância entre o transcendente e o mundano ao mesmo tempo que sugerem ser possível transpô-la.Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS-Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ2008-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132008000100005Mana v.14 n.1 2008reponame:Mana (Rio de Janeiro. Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ10.1590/S0104-93132008000100005info:eu-repo/semantics/openAccessRobbins,Joelpor2008-06-18T00:00:00Zoai:scielo:S0104-93132008000100005Revistahttp://www.scielo.br/manaONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevistamana@bighost.com.br||revistamanappgas@gmail.com1678-49440104-9313opendoar:2008-06-18T00:00Mana (Rio de Janeiro. Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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