As vicissitudes do "ensaio sobre o dom"
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Mana (Rio de Janeiro. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93131999000200004 |
Resumo: | A partir dos anos 60, antropólogos de diferentes tradições nacionais passaram a convergir no sentido de considerar que o texto de Marcel Mauss, "Ensaio sobre o Dom", contivesse uma teoria da troca, que atribui à identificação entre a coisa dada e o espírito do doador o princípio de explicação das transações. Esta interpretação contrasta com a que tiveram os contemporâneos de Mauss, os quais resgataram do trabalho suas dimensões relativas ao direito, às obrigações e às prestações totais. Partindo desta constatação, o artigo problematiza o destino do ensaio e busca torná-lo inteligível. Para tanto examina as condições sociointelectuais que contribuíram para que se produzisse a inflexão na leitura e a consolidação de uma espécie de crença coletiva em relação ao trabalho. Através deste estudo de caso, a autora identifica mecanismos que operam no processo de construção de teorias, na conformação de representações acerca de textos e na sua consagração no âmbito da antropologia. |
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As vicissitudes do "ensaio sobre o dom"A partir dos anos 60, antropólogos de diferentes tradições nacionais passaram a convergir no sentido de considerar que o texto de Marcel Mauss, "Ensaio sobre o Dom", contivesse uma teoria da troca, que atribui à identificação entre a coisa dada e o espírito do doador o princípio de explicação das transações. Esta interpretação contrasta com a que tiveram os contemporâneos de Mauss, os quais resgataram do trabalho suas dimensões relativas ao direito, às obrigações e às prestações totais. Partindo desta constatação, o artigo problematiza o destino do ensaio e busca torná-lo inteligível. Para tanto examina as condições sociointelectuais que contribuíram para que se produzisse a inflexão na leitura e a consolidação de uma espécie de crença coletiva em relação ao trabalho. Através deste estudo de caso, a autora identifica mecanismos que operam no processo de construção de teorias, na conformação de representações acerca de textos e na sua consagração no âmbito da antropologia.Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS-Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ1999-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93131999000200004Mana v.5 n.2 1999reponame:Mana (Rio de Janeiro. Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ10.1590/S0104-93131999000200004info:eu-repo/semantics/openAccessSigaud,Lygiapor2000-05-30T00:00:00Zoai:scielo:S0104-93131999000200004Revistahttp://www.scielo.br/manaONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevistamana@bighost.com.br||revistamanappgas@gmail.com1678-49440104-9313opendoar:2000-05-30T00:00Mana (Rio de Janeiro. Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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