Hidroquímica do aquífero do Mangue de Pedra - Armação dos Búzios - RJ
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/4977 |
Resumo: | O Mangue de Pedra, localizado na Praia Gorda - Armação dos Búzios – RJ possui notável valor paisagístico. Constitui um ambiente de extrema importância em todo o contexto natural local, por ser considerado um berçário de fauna e flora singulares, devido a uma rara combinação de características geológicas e hidrogeológicas. Os manguezais necessitam de água salobra para se sustentar e comumente esse ambiente está associado à desembocadura de rios e cursos d’água; porém, o Mangue de Pedra deve sua existência ao aporte de água subterrânea doce continental que se mescla à água marinha. Outra particularidade, que o torna tão interessante cientificamente, é que o substrato é essencialmente rochoso, com sedimentos de granulometria variando de areia média/grossa a blocos, o que não é comum, pois os manguezais em geral estão dispostos em substrato lamoso, argiloso. A presente pesquisa buscou, através da coleta e análise de sete amostras de água subterrânea, somadas a outras nove análises disponíveis, caracterizar quimicamente o aquífero que alimenta o manguezal. Primeiramente, com o auxílio de mapas verificou-se que o pH é mais básico em áreas mais próximas do mar e mais ácido em áreas mais afastadas. Observou-se também que as amostras mais próximas ao mar continham um valor de condutividade elétrica mais elevado que as mais afastadas, o que é explicado pela influência marinha na salinização das águas subterrâneas mais próximas a ele. A partir das análises hidroquímicas geraram-se diagramas e gráficos que permitiram a classificação da água como essencialmente cloretada-sódica e com reduzidos teores de bicarbonato, os teores de bicarbonato são reduzidos nas amostras ácidas onde o mesmo fica fora do campo de estabilidade. As análises de razões iônicas evidenciam que as amostras são essencialmente continentais e ácidas e que, as amostras mais próximas ao mar, revelaram a maior salinização contendo um pH mais básico, levando a conclusão que o mar influência de maneira direta água subterrânea mais próxima a ele. A atual pesquisa corroborou as conclusões obtidas em estudos anteriores relativos ao funcionamento hidrogeológico do Mangue de Pedra, dependente tanto das águas marinha quanto da água subterrânea local. |
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Hidroquímica do aquífero do Mangue de Pedra - Armação dos Búzios - RJHidroquímicaMangue de PedraArmação dos BúziosHidrogeologiaCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIAO Mangue de Pedra, localizado na Praia Gorda - Armação dos Búzios – RJ possui notável valor paisagístico. Constitui um ambiente de extrema importância em todo o contexto natural local, por ser considerado um berçário de fauna e flora singulares, devido a uma rara combinação de características geológicas e hidrogeológicas. Os manguezais necessitam de água salobra para se sustentar e comumente esse ambiente está associado à desembocadura de rios e cursos d’água; porém, o Mangue de Pedra deve sua existência ao aporte de água subterrânea doce continental que se mescla à água marinha. Outra particularidade, que o torna tão interessante cientificamente, é que o substrato é essencialmente rochoso, com sedimentos de granulometria variando de areia média/grossa a blocos, o que não é comum, pois os manguezais em geral estão dispostos em substrato lamoso, argiloso. A presente pesquisa buscou, através da coleta e análise de sete amostras de água subterrânea, somadas a outras nove análises disponíveis, caracterizar quimicamente o aquífero que alimenta o manguezal. Primeiramente, com o auxílio de mapas verificou-se que o pH é mais básico em áreas mais próximas do mar e mais ácido em áreas mais afastadas. Observou-se também que as amostras mais próximas ao mar continham um valor de condutividade elétrica mais elevado que as mais afastadas, o que é explicado pela influência marinha na salinização das águas subterrâneas mais próximas a ele. A partir das análises hidroquímicas geraram-se diagramas e gráficos que permitiram a classificação da água como essencialmente cloretada-sódica e com reduzidos teores de bicarbonato, os teores de bicarbonato são reduzidos nas amostras ácidas onde o mesmo fica fora do campo de estabilidade. As análises de razões iônicas evidenciam que as amostras são essencialmente continentais e ácidas e que, as amostras mais próximas ao mar, revelaram a maior salinização contendo um pH mais básico, levando a conclusão que o mar influência de maneira direta água subterrânea mais próxima a ele. A atual pesquisa corroborou as conclusões obtidas em estudos anteriores relativos ao funcionamento hidrogeológico do Mangue de Pedra, dependente tanto das águas marinha quanto da água subterrânea local.Universidade Federal do Rio de JaneiroBrasilInstituto de GeociênciasUFRJMansur, Kátia Leitehttp://lattes.cnpq.br/2321793386300188http://lattes.cnpq.br/4436860424833085Silva Júnior, Gerson Cardoso dahttp://lattes.cnpq.br/4103236636522942Medeiros, Silvia Regina dehttp://lattes.cnpq.br/7464673635442663Fernandes, Mónica Filipa Sousahttp://lattes.cnpq.br/1278030910001374Benfeita, João Victor Escramozino2018-09-13T13:49:00Z2023-12-21T03:03:56Z2017-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://hdl.handle.net/11422/4977porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ2023-12-21T03:03:56Zoai:pantheon.ufrj.br:11422/4977Repositório InstitucionalPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestpantheon@sibi.ufrj.bropendoar:2023-12-21T03:03:56Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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