Análise bottom-up de retorno de energia sobre o investimento em campos offshore de óleo/gás no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/14120 |
Resumo: | O Brasil, ao longo dos últimos anos, principalmente após a descoberta do Pré-Sal em 2006, vem se consolidando como um dos mais importantes atores no cenário global de óleo e gás. Este desenvolvimento histórico estabeleceu a produção brasileira de petróleo nos campos offshore com uma participação de 92,7% e o Pré-Sal já corresponde a 68,3% desta produção. Todo este montante produtivo traz benesses econômicas e também energéticas. Neste cenário, o quanto cada campo demanda e entrega de energia é um importante fator na análise da eficiência do E&P brasileiro. Desta forma, o presente trabalho propõe-se avaliar o retorno de energia sobre o investimento (EROI) por meio do programa Oil Production Greenhouse Gas Emissions Estimator (OPGEE), para 62 campos marítimos brasileiros, com produção ativa em 2019. Para a simulação, foram levantados diversos dados, como os de reservatórios, poços, sistemas de produção e infraestrutura de gasodutos. Ainda, para melhor aproveitamento do software no Brasil, algumas modificações foram realizadas, com a inserção da demanda energética do transporte de gás natural (GN) e de alterações das rotas pré-estabelecidas de tratamento do GN e a adoção da premissa de não exportação de líquidos de gás natural (LGN). Os resultados de consumo de energia evidenciaram dois sistemas majoritários: produção (55%) e processamento de fluidos (34%). Nos cálculos de retornos de energia, foram encontrados uma média de EROIoil igual a 33,18 e de EROItot (óleo mais gás) igual a 40,37. Também, foram analisados estes resultados em função dos parâmetros de entradas e foi constatado que os EROIs diminuem com o aumento da produção, profundidade, distância à costa e concentração de CO2. Ademais, são analisadas a eficiência energética por ambiente (Pré-Sal ou Pós-Sal), por bacia e por operadora. Uma análise de componentes principais encontrou 8 dentre 27 inputs inciais e indicou os principais fatores que influenciam positivamente (razão gás-óleo, grau API e reinjeção de água) e negativamente (gas lift, excesso de reinjeção de água e número de poços) os EROIs. Não obstante, foram gerados 11 clusters dentre os 62 campos analisados. Uma análise de sensibilidade foi realizada para obter as incertezas inerentes às fontes de dados com menor confiança, obtendo sensibilidade de EROItot de 5,95% para um aumento de 20% na pressão de reservatório e de 20% na distância de transporte de óleo. Como conclusão, foi observado um menor EROI para novos campos de petróleo, principalmente no Pré-Sal, devido às suas características mais complexas que demandam maior quantidade de energia. Portanto, é sugerido uma tendência de queda de EROI, nos próximos anos, com mais campos do Pré-Sal sendo leiloados e entrando em produção. |
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