Onde estão os negros no telejornalismo: estratégias para o apagamento do preconceito racial no trabalho
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/1453 |
Resumo: | O presente trabalho visa responder a uma pergunta que salta aos olhos todas as vezes que assistimos a um telejornal: onde estão os negros no telejornalismo? Muniz Sodré afirma que o negro sempre esteve limitado as funções chamadas “de cozinha”, no jargão jornalístico. E até que ponto essa ausência ajuda a perpetuar o ideal de inferioridade da raça negra, já que as pautas são influenciadas – e diria, prejudicadas – pela falta de uma visão diferente da que atualmente habita as redações. Em um país que tem mais de setenta milhões de negros, não é possível que Heraldo Pereira tenha sido o primeiro o negro a ancorar o Jornal Nacional – assistido por mais de noventa milhões de brasileiros – depois de trinta e cinco anos de existência do telejornal. Ricardo Alexino e Joel Zito lembram que a visão de si mesmo ajuda a moldar o caráter. Se é assim, como as novas gerações de afro-descendentes podem se conceber se o espelho moderno, na era da imagem por excelência não o representa? Para responder a esta questão, começarei por descrever o percurso histórico da raça negra em terras tupiniquins, destacando leis e outros dispositivos menos válidos para submeter o negro ao poder do senhor europeu. Duas cidades são destacadas por serem as principais receptoras dos cerca de 75 milhões de africanos que chegaram ao Brasil na condição de escravos e segundo por sua importância política como ex-capitais nacionais. Outra linha de estudo será das idéias, e dos discursos que as justificam, que conduzem à desvalorização dos indivíduos de pele escura. Começaremos no fim do século XVIII, período que Todorov considera o marco do início das idéias racialistas, a Época das Luzes. Trazendo a análise do discurso para mais perto, analisaremos expoentes da cultura brasileira como Joaquim Nabuco, um dos principais defensores da Abolição, e de Gilberto Freyre, mentor do mito da igualdade racial, que, como veremos, não passa de uma ideologia de branqueamento da população. Ideal que a pesquisa mostrará permanece dentro das redações, dentro dos chamados “formadores de opinião ou, mais exageradamente, do quarto poder, já que segundo dados do RAIS, do Ministério do Trabalho, apenas 1,16% dos quase 2.600 jornalistas que responderam ao questionário na cidade do Rio de Janeiro são negros. Se declararam brancos 73% e não responderam o quesito cor um pouco mais de 17%. Na cidade onde fica a sede da maior empresa de jornalismo do país poucos são os afro-descendentes que circulam pela redação. E este é o estudo de caso. Analiserei o canal de jornalismo 24 horas Globonews. A pesquisa constatou que dos 128 jornalistas que trabalham nas principais funções editorais – editores de texto, redatores, produtores, apresentadores e repórteres - apenas 2,34% são negros . Com a análise do discurso, da história e o estudo de caso acredito contemplar todas as faces da questão. |
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Com a análise do discurso, da história e o estudo de caso acredito contemplar todas as faces da questão.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilEscola de ComunicaçãoCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO::JORNALISMO E EDITORACAORepresentatividadeNegrosTelejornalismoRacismoOnde estão os negros no telejornalismo: estratégias para o apagamento do preconceito racial no trabalhoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJORIGINALVFrança.pdfVFrança.pdfapplication/pdf477986http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/1453/1/VFran%C3%A7a.pdf7d5890b32dd52ad2ad94bedd48f5b301MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/1453/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52TEXTVFrança.pdf.txtVFrança.pdf.txtExtracted texttext/plain115264http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/1453/3/VFran%C3%A7a.pdf.txtb2b3a924a8a8cd62d147d991ad4c52d2MD5311422/14532023-11-30 00:01:55.55oai:pantheon.ufrj.br:11422/1453TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:01:55Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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