Geologia do Gabro Vitoriano Veloso e das Rochas da suíte félsica Tiradentes, região entre Tiradentes, Vitoriano Veloso, Prados e Dores de Campos, estado de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guerrero, Júlia Campos
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/14763
Resumo: Na região entre as cidades de Tiradentes, Vitoriano Veloso, Prados e Dores de Campos (Minas Gerais) foi realizado o mapeamento geológico na escala 1:25.000 de cerca de 85km², envolvendo principalmente o gabro Vitoriano Veloso e as rochas da suíte félsica Tiradentes. Em termos gerais, o gabro Vitoriano Veloso possui ampla variação faciológica (desde fácies diabásio até fácies gabro grosso), que foi caracterizada em escala de mapa (tendendo a aumentar de granulação em direção a sul), em afloramento (intercalações de camadas centimétricas a métricas) e no estudo petrográfico. Este corpo apresenta uma série de feições primárias, dentre as quais: i) ampla variação na granulação e na porcentagem entre os minerais máficos e félsicos, caracterizando uma diferença composicional dada por um acamamento ígneo; ii) rochas com texturas cumuláticas e intercumuláticas, típicos de corpos acamadados; iii) minerais acessórios presentes ou ausentes em diferentes rochas, indicando diferenças composicionais nos protólitos; iv) presença de clinopiroxênio e ortopiroxênio em proporções variáveis; v) orientação dos cristais de plagioclásio por fluxo magmático; vi) formação de fases de pegmatitização oriundas da percolação de fluídos restantes do final da cristalização magmática; vii) presença de enclaves autolíticos. Desta maneira, foi possível de se caracterizar que o gabro Vitoriano Veloso corresponde a um corpo ígneo acamadado, cujo processo magmático controlador cristalizou inicialmente plagioclásio (± ortopiroxênio) + clinopiroxênio. Ao final desse processo formou-se hornblenda magmática com caráter poiquilítico. Este corpo estaria associado a cristalização de um magma basáltico toleítico enriquecido em MgO em um ambiente de arco de ilha intra-oceânico. Posteriormente, sua mineralogia primária foi superimposta parcial ou totalmente por minerais neoformados associados a um processo metamórfico regional, caracterizado principalmente pelo crescimento de actinolita e ferro-actinolita em substituição ao ortopiroxênio, clinopiroxênio e hornblenda. Posteriormente todo este conjunto foi modificado por processos metamórficos - hidrotermais que ocasionaram a cloritização, sericitização e epidotização dos principais minerais, inclusive, por vezes, obliterando intergralmente as feições primárias e metamórficas. As rochas da suíte félsica Tiradentes variam de tonalitos a dacitos e compreendem dois conjuntos distintos: 1) corpos vulcânicos e subvulcânicos félsicos afaníticos, constituídos predominantemente por andesitos, dacitos e granófiros, com texturas que variam de equigranulares a microporfiríticas, e algumas amostras apresentam textura esferulítica e estrutura acamadada e; 2) corpos subvulcânicos félsicos, faneríticos de finos a médios, com textura variando de equigranular a porfirítica. Estes conjuntos são compostos essencialmente por plagioclásio, quartzo e rara biotita, bem como apresentam agregados contendo clorita, biotita, epidoto e titanita, que foram interpretados como xenólitos máficos parcialmente assimilados de rochas da unidade andesítica Santo Antônio. Estas rochas variam de metaluminosas a peraluminosas, podem ser classificadas como trondhjemitos de baixo conteúdo de Al2O3, formados em um ambiente de arco vulcânico intra-oceânico a partir da cristalização de um magma andesítico de baixo potássio ou pela cristalização de um magma gerado pela fusão parcial de um anfibolito ou gabro. Neste caso, as diferenças texturais observadas estariam associadas à cristalização do magma em diferentes níveis crustais. Em termos de contexto geotectônico, propõe-se que a evolução da borda meridional do cráton são Francisco na região estudada envolveria a subducção e fusão de uma crosta oceânica, com a geração de intenso magmatismo em um ambiente de arco de ilha. Neste sentido, o ambiente geotectônico da região da área estudada corresponderia a um arco magmático intra-oceânico e não a um greenstone belt.
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Neste sentido, o ambiente geotectônico da região da área estudada corresponderia a um arco magmático intra-oceânico e não a um greenstone belt.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilInstituto de GeociênciasCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIAGabro Vitoriano VelosoSuíte félsica TiradentesPetrografiaGeoquímicaCinturão MineiroCráton São FranciscoGeologia do Gabro Vitoriano Veloso e das Rochas da suíte félsica Tiradentes, região entre Tiradentes, Vitoriano Veloso, Prados e Dores de Campos, estado de Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/14763/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52ORIGINALGuerrero, J.C.pdfGuerrero, J.C.pdfapplication/pdf9079873http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/14763/1/Guerrero%2C+J.C.pdf85c1c0fdb4075ac3238183b84b622a06MD5111422/147632023-11-30 00:04:22.861oai:pantheon.ufrj.br:11422/14763TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:04:22Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
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