Rastreamento do câncer de mama: aspectos relacionados ao médico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Godinho, Eduardo Rodrigues
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/2078
Resumo: Identifica as características sócio-demográficas destes profissionais, suas condutas, crenças, opiniões e conhecimentos sobre a doença. Foram obtidas listagens dos especialistas junto as respectivas sociedades de especialidades e Conselho Regional de Medicina, sendo enviados questionários aos 582 médicos considerados elegíveis. Os principais aspectos pesquisados foram: 1- características sócio-demográficas (sexo, idade, ano de formatura, atuação em serviços públicos ou particulares); 2- capacidade de reconhecimento dos fatores de risco; 3- atividades educativas desenvolvidas pelos médicos; 4- percepção de elementos limitadores ao rastreamento; 5- perguntas genéricas. A taxa de retorno dos questionários foi de 21,2% (n=105), sendo 70,5% dos médicos do sexo masculino. A idade variava de 26 a 70 anos, com média de 43,9 anos (DP= 9,7 anos). Tempo de formatura: 73,5% tinham menos de 20 anos de formado. Distribuição por especialidade: 88,6% ginecologistas, 4,8% ginecologistas e mastologistas, 3,8% mastologistas, 2,8% geriatras. Área de atuação: 62,5% atuavam na rede pública e particular simultaneamente; 35,2% exclusivamente na rede particular; 1,9% exclusivamente na rede pública. Capacidade de reconhecimento dos fatores de risco: apenas 13,3% dos médicos identificaram os 5 fatores de risco apresentados. Crenças e opiniões sobre rastreamento: foram bastante favoráveis. Atividades educativas durante as consultas: 92,5% dos pesquisados relataram exercer atividades educativas durante as consultas, no entanto, algumas respostas se mostraram conflitantes, além das recomendações sobre rastreamento do câncer de mama, pareceram pouco claras aos médicos. Elementos limitadores ao rastreamento: escassez de equipamentos e custo do exame foram identificados como obstáculos ao rastreamento do câncer de mama. Perguntas genéricas: cerca de 95% dos médicos responderam ter participado de cursos de atualização nos 2 anos que antecederam a pesquisa. Conclusões: a maioria dos médicos tem menos de 20 anos de formado, tendo ainda, expectativa de vários anos de atividade profissional. Aproximadamente dois terços deles atendem na rede pública e particular simultaneamente. A capacidade de reconhecimento dos fatores de risco para CM foi inadequada. As crenças e opiniões sobre rastreamento se mostraram bastante favoráveis Apesar de a maioria dos pesquisados ter relatado a prática de atividades educativas sobre câncer de mama durante as consultas, algumas respostas se mostraram contraditórias. Escassez de equipamentos e custo do exame foram identificados como barreiras a realização de mamografia. Os médicos que responderam os questionários parecem receptivos as atividades de atualização.
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Foram obtidas listagens dos especialistas junto as respectivas sociedades de especialidades e Conselho Regional de Medicina, sendo enviados questionários aos 582 médicos considerados elegíveis. Os principais aspectos pesquisados foram: 1- características sócio-demográficas (sexo, idade, ano de formatura, atuação em serviços públicos ou particulares); 2- capacidade de reconhecimento dos fatores de risco; 3- atividades educativas desenvolvidas pelos médicos; 4- percepção de elementos limitadores ao rastreamento; 5- perguntas genéricas. A taxa de retorno dos questionários foi de 21,2% (n=105), sendo 70,5% dos médicos do sexo masculino. A idade variava de 26 a 70 anos, com média de 43,9 anos (DP= 9,7 anos). Tempo de formatura: 73,5% tinham menos de 20 anos de formado. Distribuição por especialidade: 88,6% ginecologistas, 4,8% ginecologistas e mastologistas, 3,8% mastologistas, 2,8% geriatras. 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Questionnaires were sent out to 582 physicians considered as eligible for the purposes of the study. The main aspects researched were: 1- socio-demographic characteristics (gender, age, year of university graduation, area of professional practice (publiclprivate sectors); 2- professional ability to recognise breast cancer risk factors; 3- educational activities developed by the doctors during the consultations; 4- perception of barriers in breast cancer screening; 5- generic questioning. Of the 582 questionnaires dispatched, 105 (21.2%) were completed and returned, with 70.5% of the respondents being male doctors. The age varied from 26 to 70 years, with the average being placed at 43.9 years of age (SD = 9.7 years). Time since graduation: 73.5% has practiced medicine for less than 20 years. Distribution by speciality: 88.6% gynaecologists, 3.8% senologists 4.8% were both (gynaecologistslsenologists), and 2.8% geriatricians. Area of professional practice: 62.5% simultaneously referred practicing medicine in both public and private sectors; 35.2% solely in the private sector, whilst 1.9% remain exclusively in the public sector. Ability to recognise breast cancer risk factors: only 13.3% of the physicians identified the 5 breast cancer risk factors presented. Beliefs and opinions on screening were promising and largely positive. Educational activities during consultation: 92.5% of respondents reported that they work to inform and educate patients during consultations; however, some of their answers were contradictory regarding this matter. Furthermore, the guidelines on breast cancer screening do not seem to be clear to a significant number of the respondents. Perception of limiting factors in screening: scarcity of equipment and the high costs of examinations were identified by the physicians as being obstacles to breast cancer screening. Generic questions: around 95% of the doctors reported to have taken refresher training and other professional courses within a two-year period prior to answering the questionnaire. Conclusions: The majority of the respondents has practiced medicine for less than 20 years and are expected to remain professionally active for many years to come. Approximately two thirds simultaneously practice in both, the public and private sectors. Their ability to recognise the risk factors associated with breast cancer was inadequate, yet their beliefs and opinions were largely positive. Even though most of the respondents claimed to have elaborated some form of educational activity in their clinics, concerning breast cancer, their answers were sometimes contradictory to these claims. Scarcity of equipment and high examination costs were pointed out as being chief barriers to patients taking mammograms. In general, the physicians that responded to the questionnaire seemed to be receptive to issues regarding medical updating.Submitted by Miguel R. Amorim Neto (miguel@sibi.ufrj.br) on 2017-05-25T15:50:11Z No. of bitstreams: 1 612744.pdf: 11832573 bytes, checksum: 76c3cb404939e70d693f636cc20e507f (MD5)Made available in DSpace on 2017-05-25T15:50:11Z (GMT). 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