Análise Petrográfica da Formação Barreiras na região norte do Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Natasha Pereira
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/5324
Resumo: Na região norte do estado do Rio de Janeiro, há uma extensa cobertura sedimentar neogênica relacionada à Formação Barreiras (Mioceno-Plioceno), composta por arenitos e lamitos, muito ferruginizados, relacionados a uma sedimentação por rios entrelaçados. O presente trabalho tem como objetivo a avaliação em microescala destes depósitos, visando entender a sua evolução diagenética. Foram selecionados dois afloramentos para o desenvolvimento deste estudo, na região entre Campos dos Goytacazes e Barra de Itabapoana: seções Córrego Sucupira e Barra de Itabapoana. Três fácies sedimentares foram caracterizadas: La (lamito argiloso maciço); Am (arenitos lamosos sem estrutura aparente); e Aca (arenitos com estratificação cruzada acanalada). A descrição de 15 lâminas petrográficas permitiu observar a presença de abundante fração argilosa nas fácies areníticas (atribuída à alteração de feldspatos e à infiltração mecânica de argilas), grau de cimentação variável e porosidade dominantemente secundária. Os principais tipos de cimento observados em todas as amostras são: óxidos e hidróxidos de ferro (hematita e goethita) e manganês; e cimento associado à recristalização da fração argilosa. A porosidade total varia entre 2 e 15%. Dentre os aspectos mais relevantes para a caracterização diagenética desses depósitos, destacam-se: infiltração mecânica de argilas em fase bem próxima à sedimentação; atividade de organismos (bioturbação); alteração de minerais primários e grãos de pseudomorfos, produzindo porosidade secundária (móldica, microporosidade); encolhimento do material argiloso após sucessivos ciclos de ressecação/expansão, gerando poros de encolhimento; e remobilização dos elementos mais móveis (ferro e manganês associado a MOA), que passaram a preencher parte dos poros secundários. O grau de compactação fraco e incipiente foi constatado pelos “grãos flutuantes”. Os aspectos descritos são atribuídos dominantemente ao que ocorre durante a eodiagênese, fase de soterramento raso, sendo processado no próprio ambiente deposicional. Caracteres como coatings, poros planares, pedotúbulos, a mobilidade de ferro e manganês, presença de nódulos e intensa infiltração mecânica de argilas evidenciam a atuação importante da pedogênese, em intervalos de quiescência deposicional.
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