Dependência e gestão urbana: analisando a presença do capital estrangeiro no Porto Maravilha

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rossi, Breno Serodio de Castro
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/16075
Resumo: A Operação Urbana Consorciada Porto Maravilha, conhecida como a maior PPP do Brasil, se refere a um conjunto de intervenções urbanas e financeiras sob justificativa de revitalização da região portuária do Rio de Janeiro. Com base nesses fatos, a investigação tem como objetivo contribuir para uma melhor compreensão da economia política do projeto Porto Maravilha através do dimensionamento da influência do capital internacional sobre a produção do espaço na área do projeto. A pesquisa tem particular pertinência no contexto das discussões atuais em torno da nova rodada de intervenções da gestão de Eduardo Paes na área central, através do lançamento do Projeto Reviver Centro e da renovada tentativa de impulsionamento do projeto Porto Maravilha. O trabalho de caráter descritivo utilizará técnica de levantamentos de documentos institucionais produzidos pelos agentes envolvidos no projeto; registros de empreendimentos e dados acionários das empresas produtoras do espaço na área, além da revisão de literatura. Com isso, os resultados serão tratados através de uma abordagem metodológica quantitativa, a fim de estabelecer articulação com o aporte teórico. Ademais, a hipótese aponta para uma alta participação deste capital, atuando de forma especulativa e concentrada no mercado imobiliário. De modo a contribuir na compreensão da influência do capital internacional sobre a economia brasileira e a produção local do espaço urbano, recorre-se à Teoria Marxista da Dependência e sua análise do capitalismo latino-americano, em complemento ao conceito de Espoliação Urbana, formulado por Lúcio Kowarick. Para além disso, a investigação do incremento da participação do capital analisado poderá também contribuir com o referencial teórico utilizado, tendo em vista que os agentes estrangeiros não vivem no espaço da intervenção e as transformações ocorrem em função de seus interesses, que são descolados das demandas locais – o que se constitui como uma das características básicas da dependência.
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