Um novo panorama: ressignificação da memória afetiva na paisagem de São Francisco

• Autor(a) principal: Pimentel, Renata Ribeiro Kale
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/18432
• topic: Requalificação; Meio ambiente; Monumentos; Reutilização adaptativa; CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ARQUITETURA E URBANISMO

Nos últimos anos, foi percebido um movimento por parte da Prefeitura de Niterói – e presente no Plano de Metas para os anos de 2019/2020, elaborado e divulgado pela própria – de resgate ao Patrimônio Cultural da cidade, através de projetos arquitetônicos e urbanísticos de locais emblemáticos, tais como: a revitalização do Cinema Icaraí, do icônico Solar do Jambeiro, da Casa Norival de Freitas, reativação do Mercado Municipal e a reurbanização do Centro da cidade. Seja através da inserção de novos usos ou do resgate aos antigos, fica notável o anseio da sociedade niteroiense em reinserir esses locais no cotidiano da cidade e reativando suas memórias. É sobre este contexto que o presente projeto se debruça, estabelecendo como objeto central de atuação o Hotel Panorama, localizado entre os bairros de São Francisco e Charitas, em Niterói. A sua estrutura inacabada, fruto do abandono após o embargo do projeto por questões incertas – e pouquíssimo divulgadas – na década de 70, se apresenta como um grande elefante branco na paisagem niteroiense. Devido a sua localização privilegiada, no alto do Morro da Viração, o esqueleto do Hotel Panorama se tornou um referencial na paisagem da cidade – tanto para moradores quanto visitantes. Mais do que isso, representa um trauma, uma fratura exposta de um projeto que poderia trazer benefícios reais para a sociedade.