Cláusulas independentes em folhetins brasileiros do século XXI
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/16517 |
Resumo: | O presente trabalho tem por objetivo analisar a ocorrência de cláusulas independentes no contexto dos folhetins publicados no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro em meados do século XIX. Nessa investigação, pretendemos não só estabelecer a ocorrência do fenômeno como, igualmente, analisá-lo, dentro do quadro funcionalista, quanto à categorização no âmbito do desgarramento (RODRIGUES, 2021; DECAT, 2021) ou da insubordinação (RODRIGUES, 2021; EVANS, 2007; EVANS & WATANABE, 2016). Munidos de tais pretensões, apresentamos, em primeiro lugar, revisão bibliográfica comparativa entre a visão tradicional e a proposta funcionalista para a análise do período composto. A partir daí, alocando nossa pesquisa no contexto do Funcionalismo, dissecamos os dados de cláusulas independentes entre desgarradas e insubordinadas para, em seguida, explorar as possibilidades formais de sua constituência e as nuances semânticas por elas veiculadas. Em nossos resultados, verificamos a presença de 78 dados de cláusulas desgarradas obtidos através da análise de 38 periódicos. Desse total, 46 ocorrências foram de desgarradas e 32 de insubordinadas. Entre as desgarradas, observamos que se destacaram, em termos de frequência, o uso de conectores subordinativos na introdução da cláusula, a escolha de reticências seguidas de letra minúscula antecedendo-a e o modo indicativo dos verbos. Quanto às insubordinadas, notamos a ausência de conector introdutório como elemento importante, assim como a escolha do gerúndio e subjuntivo para os verbos, o que não se distancia do também expressivo número de cláusulas insubordinadas reduzidas. Na análise de nuances sentido, verificamos que, no que tange às desgarradas, as relações semânticas de causalidade, condição e consequência foram mais frequentes, enquanto as insubordinadas apresentaram, com maior expressão, nuances de exclamação e avaliação. |
id |
UFRJ_239d66fb7efca321a7f360e58b6a4b00 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:pantheon.ufrj.br:11422/16517 |
network_acronym_str |
UFRJ |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
repository_id_str |
|
spelling |
Affonso Junior, Marcelo Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/7907063278349571http://lattes.cnpq.br/0466313495492789Rodrigues, Violeta Virginia2022-03-21T20:02:08Z2023-11-30T03:01:23Z2022http://hdl.handle.net/11422/16517Submitted by Amanda Vilela (amandabarbosa@letras.ufrj.br) on 2022-03-21T20:02:08Z No. of bitstreams: 1 MRAJÚNIOR.pdf: 596161 bytes, checksum: 8276804eba87b071237efbda3db9d419 (MD5)Made available in DSpace on 2022-03-21T20:02:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MRAJÚNIOR.pdf: 596161 bytes, checksum: 8276804eba87b071237efbda3db9d419 (MD5) Previous issue date: 2022O presente trabalho tem por objetivo analisar a ocorrência de cláusulas independentes no contexto dos folhetins publicados no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro em meados do século XIX. Nessa investigação, pretendemos não só estabelecer a ocorrência do fenômeno como, igualmente, analisá-lo, dentro do quadro funcionalista, quanto à categorização no âmbito do desgarramento (RODRIGUES, 2021; DECAT, 2021) ou da insubordinação (RODRIGUES, 2021; EVANS, 2007; EVANS & WATANABE, 2016). Munidos de tais pretensões, apresentamos, em primeiro lugar, revisão bibliográfica comparativa entre a visão tradicional e a proposta funcionalista para a análise do período composto. A partir daí, alocando nossa pesquisa no contexto do Funcionalismo, dissecamos os dados de cláusulas independentes entre desgarradas e insubordinadas para, em seguida, explorar as possibilidades formais de sua constituência e as nuances semânticas por elas veiculadas. Em nossos resultados, verificamos a presença de 78 dados de cláusulas desgarradas obtidos através da análise de 38 periódicos. Desse total, 46 ocorrências foram de desgarradas e 32 de insubordinadas. Entre as desgarradas, observamos que se destacaram, em termos de frequência, o uso de conectores subordinativos na introdução da cláusula, a escolha de reticências seguidas de letra minúscula antecedendo-a e o modo indicativo dos verbos. Quanto às insubordinadas, notamos a ausência de conector introdutório como elemento importante, assim como a escolha do gerúndio e subjuntivo para os verbos, o que não se distancia do também expressivo número de cláusulas insubordinadas reduzidas. Na análise de nuances sentido, verificamos que, no que tange às desgarradas, as relações semânticas de causalidade, condição e consequência foram mais frequentes, enquanto as insubordinadas apresentaram, com maior expressão, nuances de exclamação e avaliação.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESLíngua portuguesaPeríodo compostoInsubordinaçãoFuncionalismoLinguísticaCláusulas independentes em folhetins brasileiros do século XXIinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/16517/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52ORIGINALMRAJÚNIOR.pdfMRAJÚNIOR.pdfapplication/pdf596161http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/16517/1/MRAJ%C3%9ANIOR.pdf8276804eba87b071237efbda3db9d419MD5111422/165172023-11-30 00:01:23.415oai:pantheon.ufrj.br:11422/16517TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:01:23Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Cláusulas independentes em folhetins brasileiros do século XXI |
title |
Cláusulas independentes em folhetins brasileiros do século XXI |
spellingShingle |
Cláusulas independentes em folhetins brasileiros do século XXI Affonso Junior, Marcelo Rodrigues CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES Língua portuguesa Período composto Insubordinação Funcionalismo Linguística |
title_short |
Cláusulas independentes em folhetins brasileiros do século XXI |
title_full |
Cláusulas independentes em folhetins brasileiros do século XXI |
title_fullStr |
Cláusulas independentes em folhetins brasileiros do século XXI |
title_full_unstemmed |
Cláusulas independentes em folhetins brasileiros do século XXI |
title_sort |
Cláusulas independentes em folhetins brasileiros do século XXI |
author |
Affonso Junior, Marcelo Rodrigues |
author_facet |
Affonso Junior, Marcelo Rodrigues |
author_role |
author |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7907063278349571 |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0466313495492789 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Affonso Junior, Marcelo Rodrigues |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Rodrigues, Violeta Virginia |
contributor_str_mv |
Rodrigues, Violeta Virginia |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES |
topic |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES Língua portuguesa Período composto Insubordinação Funcionalismo Linguística |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Língua portuguesa Período composto Insubordinação Funcionalismo Linguística |
description |
O presente trabalho tem por objetivo analisar a ocorrência de cláusulas independentes no contexto dos folhetins publicados no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro em meados do século XIX. Nessa investigação, pretendemos não só estabelecer a ocorrência do fenômeno como, igualmente, analisá-lo, dentro do quadro funcionalista, quanto à categorização no âmbito do desgarramento (RODRIGUES, 2021; DECAT, 2021) ou da insubordinação (RODRIGUES, 2021; EVANS, 2007; EVANS & WATANABE, 2016). Munidos de tais pretensões, apresentamos, em primeiro lugar, revisão bibliográfica comparativa entre a visão tradicional e a proposta funcionalista para a análise do período composto. A partir daí, alocando nossa pesquisa no contexto do Funcionalismo, dissecamos os dados de cláusulas independentes entre desgarradas e insubordinadas para, em seguida, explorar as possibilidades formais de sua constituência e as nuances semânticas por elas veiculadas. Em nossos resultados, verificamos a presença de 78 dados de cláusulas desgarradas obtidos através da análise de 38 periódicos. Desse total, 46 ocorrências foram de desgarradas e 32 de insubordinadas. Entre as desgarradas, observamos que se destacaram, em termos de frequência, o uso de conectores subordinativos na introdução da cláusula, a escolha de reticências seguidas de letra minúscula antecedendo-a e o modo indicativo dos verbos. Quanto às insubordinadas, notamos a ausência de conector introdutório como elemento importante, assim como a escolha do gerúndio e subjuntivo para os verbos, o que não se distancia do também expressivo número de cláusulas insubordinadas reduzidas. Na análise de nuances sentido, verificamos que, no que tange às desgarradas, as relações semânticas de causalidade, condição e consequência foram mais frequentes, enquanto as insubordinadas apresentaram, com maior expressão, nuances de exclamação e avaliação. |
publishDate |
2022 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-03-21T20:02:08Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022 |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-11-30T03:01:23Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11422/16517 |
url |
http://hdl.handle.net/11422/16517 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRJ |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Faculdade de Letras |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRJ instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
collection |
Repositório Institucional da UFRJ |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/16517/2/license.txt http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/16517/1/MRAJ%C3%9ANIOR.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255 8276804eba87b071237efbda3db9d419 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1784097239555112960 |