Avaliação da alteração da rocha utilizada na escultura "Mulher", de Adriana Janacópulos do Palácio Gustavo Capanema, Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kuntz, Hamanda Monteiro das Neves
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/16924
Resumo: A escultura Mulher, de Adriana Janacópulos, encontra-se no terraço-jardim do Palácio Gustavo Capanema, na cidade do Rio de Janeiro. Foi esculpida em granito rosa, de procedência não documentada, em 1940. Neste trabalho avaliou-se o estado de degradação da estátua por meio de análise macroscópica, comparativa com outros granitos ornamentais assemelhados e estudo bibliográfico, buscando determinar sua origem. Além disso, utilizando-se equipamentos portáteis de medição de velocidade de propagação de ondas ultrassônicas, colorimetria e espectroscopia Raman, e analisando-se por ICP-plasma as águas de lavagem da rocha, pôde-se obter informações sobre a escultura e seu grau de alteração. Os resultados indicaram que a rocha é, provavelmente, o denominado comercialmente Granito Rosa Itupeva, proveniente do Estado de São Paulo, com boa integridade, sem danos internos, pois a velocidade de ondas ultrassônicas se encontra entre 4.500 e 6.000 m.s-1 o que, de acordo com valores obtidos na literatura para granitos, é um valor considerado alto, visto que rochas muito danificadas internamente apresentam velocidades ultrassônicas menores. Foram verificadas alterações superficiais cromáticas por deposições de dejetos de animais, acúmulo de água e sujidades. Observou-se colonização biológica em pontos isolados e perdas de material nos blocos da base. Os principais poluentes encontrados são o NaCl e o enxofre, sendo este último o mais intenso, chegando a 200 mg.L-1, em locais de acúmulo de sujidades, como entre as pernas da escultura e base do monumento. O enxofre está associado ao cálcio, conforme observado na microscopia eletrônica de varredura -MEV, indicando que há formação de cristais de gipsita, que podem ser pontos de futura degradação da escultura. Conclui-se que a mesma se encontra em estado íntegro, mas devido as ações do spray salino, microrganismos e deposição de enxofre há pontos de alterações, inclusive com formações de gipsita, sendo necessária a adoção de medidas para geoconservação desse monumento pétreo. Para tal, sugere-se manter a escultura em local abrigado das intempéries ou que manutenções constantes de limpeza sejam realizadas na escultura.
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