Marx e a questão camponesa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/8700 |
Resumo: | O objetivo desse trabalho é uma pesquisa bibliográfica sobre os modos como o campesinato aparece em algumas obras de Karl Marx, buscando compreender a questão agrário-camponesa em suas obras. Diante de um tema ainda polêmico entre a esquerda buscar em Marx os elementos históricos da questão em estudo é antes de tudo buscar romper com esquemas teóricos por meio dos quais, em nome de Marx, muitos marxistas e organizações negaram as possibilidades e potencialidades do campesinato para a luta revolucionária. Para tanto, realizamos uma divisão das obras analisadas em dois grandes momentos. No primeiro, analisamos desde a Gazeta Renana até o Capital (Cap. XXIV), onde, em nossas leituras percebemos que na tendência geral do capitalismo monopolista resulta ao campesinato um processo de desaparecimento dando lugar ao proletariado. Como classe social que também compunha os modos de produção anterior ao capitalismo, sua desintegração é fator que contribuiria para a “evolução” social, permitindo assim a consolidação das condições objetivas para a revolução socialista. No entanto, observamos que mesmo com as tendências gerais nas obras, elas apresentam contradições e elementos pouco percebidos pela grande maioria dos leitores. Notamos uma dicotomia no processo de desenvolvimento, sobre tudo nos países da periferia onde ao mesmo tempo em que há um desenvolvimento das forças produtivas, destruidoras das formas camponesas, há uma produção de “espaços vazios do capitalismo”, de recriação do campesinato. Em seguida, trouxemos o debate entre Marx e populistas russos acerca das possibilidades da Rússia fazer a passagem ao Socialismo sem passar pelo desenvolvimento histórico do Ocidente, em especial da Inglaterra. Em um segundo momento, refletimos a respeito de como as interpretações realizadas após a morte de Marx foram moldando a formatação da estrutura teórica de um marxismo mecânico e pré- determinados por uma suposta teoria da história que Marx teria criado. Por fim, trazemos a relevância histórica de compreender o campesinato e suas distintas formações nos países da periferia do capitalismo, em pleno conflito com os interesses das elites históricas. Apontamos a atualidade e necessidade históricas do campesinato e como seu conhecimento pode contribuir quando colocado a serviço da humanidade de forma mais intensa e profunda, com o processo de emancipação humana. Refletimos que, desde Marx, é possível construir as bases teóricas e metodológicas para a teoria geral do campesinato, no intuito de melhor compreender seu papel e importância histórica nos processos emancipatórios. |
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