O modelo de racionamento de crédito e a política monetária novo-keynesiana : uma análise crítica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1998 |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/17026 |
Resumo: | O artigo analisa criticamente o modelo de racionamento de crédito (MRC) e a abordagem novo-keynesiana de política monetária, ancorada neste modelo. Após análise em separado das condições de operação do MRC nas fases expansiva e recessiva do ciclo econômico, conclui-se que: i) na fase expansiva, o equilíbrio com racionamento da demanda - base Para recomendação da política monetária anticíclica, nos moldes do MRC - é aceitável apenas como resultado microeconômico, mas não macro; ii) na fase recessiva, em- bora este resultado seja plausível a nível macroeconômico, ele não se dá pela razão alegada no MRC - a rigidez dos juros à alta - nem atua em auxílio ao mecanismo de transmissão da política monetária. Tais conclusões implicam a rejeição do modelo como base teórica para análise da política monetária, bem como ao enfoque novo-keynesiano a esse respeito. Argumenta-se, por fim, que, a nível macroeconômico, a única contribuição teórica do MRC é a de justificar intervenções “verticais” do governo no mercado financeiro, através de políticas de financiamento à projetos cujos riscos sejam de difícil avaliação - notadamente, nas áreas de infra-estrutura, P&D e em setores “de ponta”. |
id |
UFRJ_28b7ffbcd98e9a27f4095073b0f9cb49 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:pantheon.ufrj.br:11422/17026 |
network_acronym_str |
UFRJ |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
repository_id_str |
|
spelling |
Hermann, Jennifer2022-05-27T18:12:58Z2023-11-30T03:04:49Z1998-04HERMANN, Jeniffer. O modelo de racionamento de crédito e a política monetária novo-keynesiana : uma análise crítica. Rio de Janeiro : Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1998. 47 p. (Texto para discussão; n. 411).http://hdl.handle.net/11422/17026O artigo analisa criticamente o modelo de racionamento de crédito (MRC) e a abordagem novo-keynesiana de política monetária, ancorada neste modelo. Após análise em separado das condições de operação do MRC nas fases expansiva e recessiva do ciclo econômico, conclui-se que: i) na fase expansiva, o equilíbrio com racionamento da demanda - base Para recomendação da política monetária anticíclica, nos moldes do MRC - é aceitável apenas como resultado microeconômico, mas não macro; ii) na fase recessiva, em- bora este resultado seja plausível a nível macroeconômico, ele não se dá pela razão alegada no MRC - a rigidez dos juros à alta - nem atua em auxílio ao mecanismo de transmissão da política monetária. Tais conclusões implicam a rejeição do modelo como base teórica para análise da política monetária, bem como ao enfoque novo-keynesiano a esse respeito. Argumenta-se, por fim, que, a nível macroeconômico, a única contribuição teórica do MRC é a de justificar intervenções “verticais” do governo no mercado financeiro, através de políticas de financiamento à projetos cujos riscos sejam de difícil avaliação - notadamente, nas áreas de infra-estrutura, P&D e em setores “de ponta”.The paper discusses and criticises the credit rationing model (CRM) and its use to support the new-keynesian approach to the monetary policy. After the analysing the working of the model in the different phases of the business cycle it is concluded that: i;) in the upward phase, demand rationing equilibriun- wich is a condition for recommendation of counter-cyclical monetary policy in the CRM scopr - is not plausible as a macroeconomic phenomenon, but only at the microeconomic level; ii) in the downward phase, although the demand rationing is a plausible equilibrium, it does not occur for the reason alleged by the CRM (the rigidity of the interest rate), neither doesit act in favour of the transmission mechanism of monetary policy. These conclusions imply the rejection of the CRM as theoretical basis for monetary policy analysis, as well as of the new-keynesian approach about this theme. Finally, it is argued that, at macroeconomic level, the unique theoretical contribution of the CRM is to justify “vertical” interventions of government in financial markets, through financing policies to sectors or projects which risks are more difficult to estimate - notably, in infra-estructure, R&D and new-technology sectors.Submitted by Margarete Reis (margaretereis@ccje.ufrj.br) on 2022-05-27T18:12:58Z No. of bitstreams: 1 JHermann.pdf: 2720917 bytes, checksum: 15bb64a6915f632c6db07725eee2c8c4 (MD5)Made available in DSpace on 2022-05-27T18:12:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JHermann.pdf: 2720917 bytes, checksum: 15bb64a6915f632c6db07725eee2c8c4 (MD5) Previous issue date: 1998-04porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilUFRJ::Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas::Instituto de EconomiaTexto para discussãoCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIAModelo de racionamentoEconomia monetáriaTeoriaO modelo de racionamento de crédito e a política monetária novo-keynesiana : uma análise críticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/report411abertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/17026/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52ORIGINALJHermann.pdfJHermann.pdfapplication/pdf2720917http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/17026/1/JHermann.pdf15bb64a6915f632c6db07725eee2c8c4MD5111422/170262023-11-30 00:04:49.871oai:pantheon.ufrj.br:11422/17026TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:04:49Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O modelo de racionamento de crédito e a política monetária novo-keynesiana : uma análise crítica |
title |
O modelo de racionamento de crédito e a política monetária novo-keynesiana : uma análise crítica |
spellingShingle |
O modelo de racionamento de crédito e a política monetária novo-keynesiana : uma análise crítica Hermann, Jennifer CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA Modelo de racionamento Economia monetária Teoria |
title_short |
O modelo de racionamento de crédito e a política monetária novo-keynesiana : uma análise crítica |
title_full |
O modelo de racionamento de crédito e a política monetária novo-keynesiana : uma análise crítica |
title_fullStr |
O modelo de racionamento de crédito e a política monetária novo-keynesiana : uma análise crítica |
title_full_unstemmed |
O modelo de racionamento de crédito e a política monetária novo-keynesiana : uma análise crítica |
title_sort |
O modelo de racionamento de crédito e a política monetária novo-keynesiana : uma análise crítica |
author |
Hermann, Jennifer |
author_facet |
Hermann, Jennifer |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Hermann, Jennifer |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA Modelo de racionamento Economia monetária Teoria |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Modelo de racionamento Economia monetária Teoria |
description |
O artigo analisa criticamente o modelo de racionamento de crédito (MRC) e a abordagem novo-keynesiana de política monetária, ancorada neste modelo. Após análise em separado das condições de operação do MRC nas fases expansiva e recessiva do ciclo econômico, conclui-se que: i) na fase expansiva, o equilíbrio com racionamento da demanda - base Para recomendação da política monetária anticíclica, nos moldes do MRC - é aceitável apenas como resultado microeconômico, mas não macro; ii) na fase recessiva, em- bora este resultado seja plausível a nível macroeconômico, ele não se dá pela razão alegada no MRC - a rigidez dos juros à alta - nem atua em auxílio ao mecanismo de transmissão da política monetária. Tais conclusões implicam a rejeição do modelo como base teórica para análise da política monetária, bem como ao enfoque novo-keynesiano a esse respeito. Argumenta-se, por fim, que, a nível macroeconômico, a única contribuição teórica do MRC é a de justificar intervenções “verticais” do governo no mercado financeiro, através de políticas de financiamento à projetos cujos riscos sejam de difícil avaliação - notadamente, nas áreas de infra-estrutura, P&D e em setores “de ponta”. |
publishDate |
1998 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
1998-04 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-05-27T18:12:58Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-11-30T03:04:49Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/report |
format |
report |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
HERMANN, Jeniffer. O modelo de racionamento de crédito e a política monetária novo-keynesiana : uma análise crítica. Rio de Janeiro : Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1998. 47 p. (Texto para discussão; n. 411). |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11422/17026 |
identifier_str_mv |
HERMANN, Jeniffer. O modelo de racionamento de crédito e a política monetária novo-keynesiana : uma análise crítica. Rio de Janeiro : Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1998. 47 p. (Texto para discussão; n. 411). |
url |
http://hdl.handle.net/11422/17026 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Texto para discussão |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRJ |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
UFRJ::Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas::Instituto de Economia |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRJ instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
collection |
Repositório Institucional da UFRJ |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/17026/2/license.txt http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/17026/1/JHermann.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255 15bb64a6915f632c6db07725eee2c8c4 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1784097248907362304 |