Comparação da virulência entre clones de Streptococcus dysgalactiae subespécie equisimilis circulantes no Brasil usando um modelo experimental de Caenorhabditis elegans

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Victor Lima dos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/20217
Resumo: Os estreptococos do grupo C podem causar infecções em humanos e em outros animais. Dentro deste grupo, Streptococcus dysgalactiae subespécie equisimilis (SDSE) é a espécie mais frequentemente relacionada com infecções em humanos. Em um estudo anterior realizado em nosso laboratório, observou-se que de um total de 115 amostras de SDSE - analisadas por eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE) - 57,5% pertenciam ao clone A, 26,1% ao B e 16,4% a clones esporádicos (raros). As amostras pertencentes ao clone B foram isoladas de humanos e de equinos, e duas amostras de hospedeiros distintos apresentaram mesmo perfil de PFGE e mesmo ST (ST129) quando analisadas por MLST. Em nosso estudo, visando elucidar os fatores envolvidos no predomínio das amostras desses dois pulsotipos, avaliamos o potencial de virulência de representantes destes clones em comparação com clones esporádicos, usando dois modelos de Caenorhabditis elegans baseados na sobrevivência de nematoides e no ensaio de escolha binária. Em adição, realizamos microscopia ótica para avaliar a morfologia dos nematoides expostos às cepas de SDSE e fizemos a quantificação dos microrganismos presentes no intestino dos nematoides. No ensaio de escolha binária - onde os vermes foram depositados entre representantes de dois clones distintos de SDSE, semeados equidistantes - os nematoides que foram confrontados frente às cepas de SDSE e a amostra controle, apresentaram índice de escolha (+1) favorável a cepa controle, mesmo quando não treinados. Já quando foram confrontados apenas com amostras de SDSE, os nematoides demonstraram uma maior preferência para amostras dos clones esporádicos. Quando a opção de escolha era o clone A e o B, o índice de escolha foi maior para o clone B, nos grupos não treinados, porém quando treinados essa preferência mudava para as amostras do clone A, com exceção de um dos grupos em que a preferência não foi alterada. No ensaio de virulência onde os nematoides foram expostos por 3 dias a uma das cepas de SDSE, a taxa de sobrevivência do verme foi de 4,44 ± 1,27% para o clone B, 10,11 ± 2,24% para o clone A e 21,50 ± 3,30% para os clones esporádicos ao fim do experimento (p<0,0001). Comparando-se isolados do clone B de origem equina e humana, observou-se variação no perfil de virulência frente ao modelo de C. elegans, demonstrando maior virulência da amostra isolada de equino. Em conjunto, estes resultados indicam um maior potencial de virulência para as amostras de SDSE dos clones A e B em comparação com a de clones esporádicos, sendo os representantes do clone B mais virulentos do que os do clone A no ensaio de sobrevivência. A microscopia revelou uma série de alterações morfológicas nos vermes, associadas aos diferentes clones, sendo a maior parte delas associadas aos clones prevalentes. A quantificação de bactérias intracelulares demonstrou um menor número de UFCs/nematoide para as cepas representantes dos clones mais virulentos. De fato, estes resultados são coerentes com uma maior detecção de genes associados à virulência entre cepas dos clones predominantes (A e B) sugerindo que estes evoluíram para maior virulência em comparação com os esporádicos. Finalmente, nossos resultados demonstram que os isolados de SDSE (clone B) oriundos de hospedeiros diferentes, e exibindo o mesmo padrão de PFGE e tipo ST129, podem apresentar variações no perfil de virulência em modelos de C. elegans.
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