Análise da deformação tectônica em afloramento da formação Pindamonhamgaba (Bacia de Taubaté, Rift continental do sudeste do Brasil)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Cheyenne Campos da
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/5706
Resumo: A Bacia de Taubaté corresponde a um hemigráben de idade eocênica, que compõe, juntamente com as bacias de Volta Redonda, Resende e São Paulo, o segmento central do Rift Continental do Sudeste do Brasil (RCSB). A origem do RCSB está relacionada a um evento distensivo de orientação NW-SE, e sua evolução envolve diversas fases tectônicas deformadoras, associadas a regimes de transcorrência e de distensão, neogênicos e quaternários. No preenchimento sedimentar da Bacia de Taubaté, a Formação Pindamonhangaba representa o registro de um sistema fluvial meandrante de idade miocênica a pliocênica, constituindo-se basicamente de camadas tabulares a lenticulares extensas de arenitos (médios a grossos), siltitos e argilitos (maciços a laminados). O objetivo do presente estudo é a caracterização da deformação tectônica rúptil em afloramento desta unidade estratigráfica localizado no km 122 da Rodovia Presidente Dutra, entre as cidades de Taubaté e Caçapava, como base para a análise detalhada dos padrões estruturais associados à deformação neotectônica. A metodologia adotada consistiu em: a) elaboração de seção geológica a partir da interpretação de fotomosaico, com checagem em campo; b) coleta de dados estruturais (pares falha/estria); c) classificação dos dados estruturais e análise de paleotensões; e d) construção de modelo geológico 3D. O afloramento possui estruturas de deformação rúptil bastante evidentes, com corpos geológicos de geometria tabular a lenticular cortados por falhas em praticamente toda a sua extensão. Foram analisados 49 (quarenta e nove) pares de falha/estria, afetando não apenas a Formação Pindamonhangaba como também a cobertura sedimentar mais recente. Foram identificadas 37 (trinta e sete) falhas normais, com orientação predominante NNE-SSW e NNW-SSE, e 12 (doze) falhas oblíquas, com as mesmas direções predominantes. Os planos de falha mais frequentes (normais, com orientação NNE-SSW a NNW-SSE) são atribuídos a evento holocênico de distensão WNW-ESE, responsável pela configuração geométrica geral do afloramento. A maior parte das falhas oblíquas estão associadas a um campo de paleotensões com compressão máxima NW-SE e compressão mínima NE-SW, compatível com regime de transcorrência dextral EW, de idade Pleistoceno/Holoceno. Este evento foi responsável pelos padrões estruturais mais destacados no afloramento. Para complementar a caracterização deformacional, a modelagem geológica 3D foi uma importante ferramenta de análise e interpretação dos dados estruturais, facilitando a visualização das feições geológicas e permitindo a percepção de possíveis incoerências na interpretação tectonoestratigráfica do afloramento.
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