Plano de gerenciamento de resíduos de medicamentos descartados no Pólo Universitário de Macaé-RJ

• Autor(a) principal: Campos, Marlon Roca dos Santos
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/20223
• topic: Saúde pública; Gerenciamento de resíduos; Medicamentos; Legislação ambiental; Public health; Waste Management; Drugs; Legislation, environmental; Universidade Federal do Rio de Janeiro. Centro Multidisciplinar UFRJ-Macaé; CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA; CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA

Introdução: Um dos grandes desafios da sociedade é a destinação correta dos resíduos provenientes da fabricação e consumo de produtos, principalmente medicamentos. Os medicamentos são importantes ferramentas à manutenção da saúde, no entanto, podem constituir risco à saúde pública e meio ambiente quando descartados incorretamente. Diante deste cenário, foi implementado, em setembro de 2016, na UFRJ – Campus Macaé o projeto de extensão intitulado “Descarte de medicamentos: diagnóstico, educação e gerenciamento em domicílios e estabelecimentos farmacêuticos do município de Macaé-RJ” envolvendo a conscientização sobre descarte e a coleta de medicamentos vencidos ou em desuso, através da disponibilização de um dispensador contentor (DC). Considerando os riscos do gerenciamento incorreto de resíduos, foi publicado em 2018, a RDC nº 222, que regulamenta as boas práticas de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS). Nesta resolução estão classificados os RSS em grupos de risco A (biológicos), B (químicos, onde incluem-se os medicamentos), C (radioativos), D (Equivalentes aos domiciliares) e E (perfurocortantes) e apresenta como exigência principal o desenvolvimento e a elaboração de um Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). Objetivo: Apresentar as etapas que compõe o PGRSS do projeto de extensão. Metodologia: O planejamento do PGRSS foi conduzido pela adequação das etapas, de manejo de resíduos, realizadas no projeto às indicadas na RDC nº 222/2018: segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário, armazenamento externo, coleta interna, transporte externo, destinação e disposição final. Resultados: A RDC nº 222/2018 regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde o que requer a inclusão e adaptação de etapas exigidas na norma para adequação a realidade do Projeto de Extensão. As etapas incluídas na planificação deste PGRSS foram: Recebimento, segregação e acondicionamento, transporte interno, caracterização, armazenamento temporário, coleta e transporte externo, armazenamento externo, tratamento e destinação final dos resíduos e medidas de proteção ao público e equipe. A etapa de recebimento foi realizada pelo uso de um (DC), construído em MDF. A segregação foi realizada pelo próprio público pela presença de espaços delimitados para diferentes formas farmacêuticas de medicamentos, todos, portanto do grupo B, no DC. O acondicionamento foi realizado em sacos plásticos localizados no interior do DC. O transporte interno foi conduzido pelo deslocamento do DC, dotado de rodas, do ponto de coleta ao local de armazenamento temporário. Na etapa de caracterização foram avaliados o peso, volume e as classes terapêuticas dos medicamentos descartados. O armazenamento temporário foi realizado em armário de aço, trancado, localizado no laboratório de Análises Farmacêuticas. As etapas de coleta e transporte externo foram realizados por profissionais, usando veículo licenciado do Pólo Universitário, até a empresa parceira. O armazenamento externo foi realizado em local com infraestrutura para receber os RSS, e a destinação final, pelo processo de blendagem, foram realizadas pela empresa parceira. E por fim medidas de proteção pelo uso de EPIs. Conclusões: O trabalho consistiu de um planejamento do PGRSS do projeto de extensão, permitindo o estabelecimento de procedimentos para o adequado gerenciamento de resíduos de medicamentos, contribuindo com a saúde pública e ambiental.