A Influência da entrada de bancos estrangeiros no processo de consolidação do setor bancário brasileiro

• Autor(a) principal: Gusmão, Vitor Viana
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/2174
• topic: Banco estrangeiro; Sistema financeiro; Crédito; Capital (Economia); CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA

Analisa a influência exercida pelas instituições bancárias estrangeiras no processo de concentração observado no mercado bancário doméstico brasileiro no período de 15 anos compreendido entre 1994 e 2009. Como será exposto, este fenômeno esteve fortemente ligado à abertura de mercado e adoção de programas de reestruturação promovidos pelo Governo Federal e ao sucesso alcançado pelo Plano Real na tentativa de estabilizar a moeda e reduzir as persistentes taxas de inflação. A redução do número de ofertantes de serviços bancários apresenta evidências de ser uma tendência global, e pode ser observada nas últimas décadas tanto em países desenvolvidos quanto em economias emergentes. No caso brasileiro o processo foi em grande medida conduzido pelas ações estatais, que significaram a elaboração de programas de reestruturação com o objetivo de fortalecer o setor como um todo, e evitar que bancos em dificuldades pudessem comprometer o programa de estabilização monetária posto em prática a partir de 1994. Uma das principais apostas do Governo para garantir o bom desempenho do setor ganhou forma através do incentivo à transferência do controle de bancos em dificuldades para instituições capazes de operar de maneira mais eficiente, incluindo a abertura do setor para a participação do capital estrangeiro. A abertura de mercado teve papel decisivo na elevação dos graus de competitividade e concentração, que acabaram por trazer mais estabilidade e maior solidez ao setor, porém, os impactos em termos de eficiência das operações, oferta de crédito e redução das margens de juros não foram satisfatórios. Destacam-se ainda os principais movimentos das instituições financeiras privadas na tentativa de se fortalecerem frente às mudanças estruturais ocorridas no período, que acabaram por conduzir este grupo à liderança do segmento em termos de controle de ativos.