A crise do novo desenvolvimentismo e os reflexos no mercado de trabalho (2014-2016)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferrari, Rayssa Caié de Oliveira
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/12068
Resumo: A pesquisa analisou a crise do mercado de trabalho entre 2014 e 2016 à luz do debate sobre o Novo Desenvolvimentismo, teoria que guiou a política econômica brasileira entre os anos de 2003 e 2016, e sua crise. No Brasil entre os anos de 1930 a 1980 o Nacional-Desenvolvimentismo foi a base das políticas de desenvolvimento, caracterizando-se como uma industrialização por substituição de importações, atrelando a isso políticas protecionistas, com o intuito de fomentar o mercado interno. Porém, após a crise da década de 1980, também conhecida como “década perdida”, as ideias neoliberais ganharam força no país e guiaram as políticas econômicas dos anos 1990, mas após nova crise, no final dessa década e início dos anos 2000 (segundo governo Fernando Henrique Cardoso), a política econômica heterodoxa volta a ganhar força e se reinstaura no país com a chegada do Partido dos Trabalhadores à Presidência da República. O Novo Desenvolvimentismo surge como uma alternativa e passa a ser base das políticas econômicas do país, principalmente a partir de 2006. Porém, os desafios são maiores: o Brasil tem que lidar com economias muito mais globalizadas e abertas, o protecionismo já não é mais alternativa, o país precisa continuar na economia mundial, e conviver com a crescente financeirização e neste contexto superar o subdesenvolvimento. Inclusive, as principais críticas a esta teoria vêm justamente das possíveis controvérsias contidas nesta tentativa de “agradar” ao mercado e ao mesmo tempo fazer uma política que contemple um desenvolvimento econômico e social. Nos primeiros anos da presença do Novo Desenvolvimentismo os resultados foram satisfatórios, inclusive com o aumento do número de empregos formais. Porém, pouco tempo depois da crise mundial de 2008, a qual o país a princípio se saiu bem, os resultados começaram a piorar e a nova política começou a ser questionada, inclusive com reflexos negativos no mercado de trabalho. O trabalho será construído através de um resgate histórico das teorias de desenvolvimento que vigoraram desde 1950 no Brasil, além do panorama do mercado de trabalho desde 1950 a 2016 através da análise de dados referentes ao mercado de trabalho no período pesquisado e as políticas públicas vigentes no mesmo. Na última sessão procura-se entender quais políticas econômicas precederam esse período de crise para que ocorressem tais resultados negativos.
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