Papel de peptidoramnomananas nas interações polimicrobianas entre espécies de Scedosporium/Lomentospora e bactérias de relevância clínica na fibrose cística

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Evely Bertulino de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/17378
Resumo: A fibrose cística é uma doença genética causada pela mutação no gene que codifica a proteína CFTR. Essa desordem gera um desequilíbrio de eletrólitos e água que leva a formação de um muco altamente viscoso nas vias aéreas, que não é facilmente eliminado, causando nos indivíduos portadores uma maior susceptibilidade a infecções pulmonares por microrganismos, principalmente bactérias e fungos. A colonização polimicrobiana por fungos e bactérias no contexto de fibrose cística tem sido cada vez mais investigada, dada a sua emergência. Como os estudos geralmente avaliam a interferência das bactérias no crescimento e metabolismo fúngico, direcionamos nossas pesquisas para o estudo do papel dos fungos no crescimento bacteriano. Assim, o trabalho em questão teve como objetivo investigar as interações polimicrobianas entre espécies do gênero fúngico Scedosporium (Scedosporium apiospermum, Scedosporium boydii e Scedosporium aurantiacum) e Lomentospora prolificans e bactérias de relevância clínica na fibrose cística (Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus resistente à meticilina [MRSA], Escherichia coli e Burkholderia cepacia), assim como o papel das peptidoramnomananas desses fungos nessas interações. Para tal, foi realizado inicialmente testes para avaliação da concentração mínima inibitória (CIM) e concentração mínima microbicida (CMM) nas quais foi possível observar o maior poder inibitório e microbicida pela PRM de L. prolificans em comparação a molécula extraída das outras espécies, assim como foi verificada uma maior susceptibilidade das espécies B.cepacia e MRSA à PRM do que P. aeruginosa e E. coli. Considerando que os microrganismos normalmente se encontram formando comunidades microbianas, tanto no ambiente quanto em hospedeiros, foi averiguada a atuação da PRM na formação do biofilme bacteriano, assim como em biofilmes maduros pré-formados. Em ambas as situações, foi possível observar uma redução da biomassa e da matriz extracelular do biofilme no emprego de diferentes concentrações de PRMs, contra B. cepacia e MRSA, as quais foram selecionadas por serem mais susceptíveis a PRM. Para investigar de que forma as PRMs inibiam as bactérias, a espécie B. cepacia foi selecionada para a avaliação do estresse oxidativo e do seu potencial e sua integridade de membrana no contato com a PRM. Foi observado o aumento na produção de espécies reativas de oxigênio na bactéria, induzido pela PRM de L. prolificans. Apenas a PRM de S. boydii foi capaz de interferir na integridade lipídica da membrana bacteriana. E por último, todas as PRMs testadas foram capazes de diminuir o potencial de membrana de B. cepacia, interferindo assim na produção energética da bactéria. Também visamos estabelecer um biofilme misto entre as espécies fúngicas S. apiospermum e S. boydii com a MRSA e a estrutura do biofilme misto foi avaliada através da observação da biomassa total, pela marcação com o cristal violeta, matriz extracelular, pela marcação com a safranina, e a viabilidade microbiana pela contagem de unidades formadoras de colônia (UFC). Em ambos os biofilmes pode ser observado um aumento da biomassa e da matriz extracelular do biofilme no crescimento misto quando comparado com as contrapartes monomicrobianas. Com relação às UFCs, foi possível observar um estímulo no crescimento de MRSA em um contexto de biofilme misto, mas ainda é necessária uma maior análise sobre o efeito verificado. Estes resultados demonstram o poder inibitório e anti-biofilme das PRMs contra as espécies bacterianas MRSA e B. cepacia, assim como a necessidade de maiores investigações quanto ao crescimento polimicrobiano.
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