Mapeamento e interpretação de feições deposicionais quarternárias na planície deltaica do Rio Doce (ES)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Tainara de Souza
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/5361
Resumo: A planície quaternária do rio Doce, localizada na porção centro-norte do Espírito Santo, na região de Linhares, constitui uma das principais feições deltaicas brasileiras e sua evolução tem sido associada aos estágios de variação do nível do mar durante o Quaternário. Destaca-se também, na região, a presença de numerosos lagos barrados, subdivididos em dois conjuntos, informalmente designados como lagos internos e lagos externos, cuja gênese e evolução também têm sido associadas às variações quaternárias do nível do mar, embora estudos recentes apontem ainda a influência de mecanismos neotectônicos. O presente trabalho tem como objetivo realizar o mapeamento, na escala 1:100.000, das feições deposicionais quaternárias na planície costeira do rio Doce e, nesse contexto, discutir sua evolução, considerando os principais conceitos da Estratigrafia de Sequências. A metodologia aplicada consistiu no mapeamento da drenagem atual, lagos/lagos colmatados, paleocanais fluviais, conjuntos de cordões arenosos costeiros e outras feições deposicionais identificadas na planície quaternária. O mapeamento foi realizado sobre um mosaico de imagens do Google Earth, utilizando o software ArcGis 9.2. A área investigada está limitada, a norte, pelo rio Itaúnas e, a sul, pelo rio Piraquê-açu. Foram mapeados dois principais paleocanais do rio Doce, indicando importantes eventos de avulsão fluvial, havendo indícios de que pelo menos um desses eventos pode ter sido influenciado por mecanismos neotectônicos. Esses paleocanais truncam e são truncados por conjuntos distintos de cordões costeiros. Os padrões de distribuição dos cordões costeiros e as taxas de progradação costeira interpretadas sugerem a influência de variações no aporte de sedimentos fluviais, relacionadas à atuação dos diferentes paleocanais. Os lagos externos são reconhecidos como antigas redes de drenagem que desaguavam diretamente no mar. Foram ainda observadas na planície quaternária feições deposicionais associadas à sedimentação proveniente de vales fluviais situados na porção norte da área, onde se observa, também, a presença de corpos lacustres com aspectos de colmatação mais intensa ou total.
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