“Tia, eu não sei desenhar!”: apontamentos sobre a leitura, escrita e o desenho na prática pedagógica com os anos iniciais
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/17217 |
Resumo: | Essa pesquisa nasce a partir da experiência de estágio curricular obrigatório da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cumprido numa escola municipal da cidade do Rio de Janeiro nos Anos Iniciais de ensino. Foi realizado um estudo qualitativo (IVENICK, CANEN, 2016) sobre a prática de estágio. Nesse sentido, o trabalho tem como objetivo investigar as potencialidades que o universo simbólico do desenho propícia para a aquisição do código da leitura e escrita nos Anos Iniciais. Esse universo simbólico (PIAGET, [1967], 2019) pode ser compreendido como todo tipo de representação e linguagem, evidenciado por Piaget no estágio pré-operatório da evolução do pensamento infantil, no qual o desenho está incluído. Sendo assim, o desenho se configura como um instrumento de significação que organiza e estrutura o pensamento infantil (FASSINA, 2011). Quando a pesquisa se propõe a falar de leitura e escrita, referimo-nos à alfabetização conceituada por Soares, que consiste na aprendizagem do sistema alfabético-ortográfico (SOARES, [1998], 2009). Foi encontrada a necessidade de conceituar o entendimento sobre a escrita em si e, para tanto, recorremos a Luria ([1988], 2018, p. 146) quando teoriza que a escrita é “uso funcional de linhas, pontos e outros signos para recordar e transmitir ideias e conceitos”. Ao se referir sobre o desenho, Luria destaca que este se inicia a partir da brincadeira infantil, porém pode ser um meio para registro (LURIA, 2018, p. 174). Posto isto, os signos que recordam e transmitem ideias podem ser versados como os desenhos, evidenciando, assim, a relação destes com a escrita. É pertinente apontar, dado o uso do termo desenho, que este se insere no brincar para as crianças e, na brincadeira, nos encontramos com o viver criativo (WINNICOTT, [1971], 2019). Exercitando o universo simbólico do desenho, que é um lugar de expressão da linguagem, seria possível fazer da leitura e da escrita um processo com sentido e significados reais para os alunos. Essa hipótese foi gestada para somar na aprendizagem dos alunos, pois uma das percepções feitas durante a prática do estágio nos Anos Iniciais sobre o ensino dos conteúdos curriculares na instituição em questão descrevem atividades de cópias mecanizadas que não possibilitam autoria nem autonomia de pensamento discente (FERNÁNDEZ, 2001). Ao final da pesquisa, foi possível perceber que promover um espaço que exercite a linguagem artística vai ao encontro de um desenvolvimento infantil lúdico, criativo e saudável, o que propicia o aprendizado das letras e progressão na leitura. A relação com a formação docente também foi relevante nas conclusões, pois destacou-se que o educador deve preconizar, em sua prática, a saída da utopia e o pensamento em possibilidades reais para os discentes. |
id |
UFRJ_5210f7c782387610326041c28fb7cd23 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:pantheon.ufrj.br:11422/17217 |
network_acronym_str |
UFRJ |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
repository_id_str |
|
spelling |
Motta, Julia PereiraBaroni, Patrícia RaquelCoimbra, Silvia Gabrielle BrazMaia, Maria Vitória Campos Mamede2022-06-14T18:35:32Z2023-11-30T03:04:54Z2021-12-13MOTTA, Julia Pereira. “Tia, eu não sei desenhar!”: apontamentos sobre a leitura, escrita e o desenho na prática pedagógica com os anos iniciais. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) - Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.http://hdl.handle.net/11422/17217Submitted by Biblioteca CFCH (tccpantheonbibliotecacfch@gmail.com) on 2022-05-04T15:16:28Z No. of bitstreams: 1 JMotta.pdf: 589415 bytes, checksum: 4b920fd9b7560469aba831321cc293e5 (MD5)Made available in DSpace on 2022-06-14T18:35:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JMotta.pdf: 589415 bytes, checksum: 4b920fd9b7560469aba831321cc293e5 (MD5) Previous issue date: 2021-12-13Essa pesquisa nasce a partir da experiência de estágio curricular obrigatório da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cumprido numa escola municipal da cidade do Rio de Janeiro nos Anos Iniciais de ensino. Foi realizado um estudo qualitativo (IVENICK, CANEN, 2016) sobre a prática de estágio. Nesse sentido, o trabalho tem como objetivo investigar as potencialidades que o universo simbólico do desenho propícia para a aquisição do código da leitura e escrita nos Anos Iniciais. Esse universo simbólico (PIAGET, [1967], 2019) pode ser compreendido como todo tipo de representação e linguagem, evidenciado por Piaget no estágio pré-operatório da evolução do pensamento infantil, no qual o desenho está incluído. Sendo assim, o desenho se configura como um instrumento de significação que organiza e estrutura o pensamento infantil (FASSINA, 2011). Quando a pesquisa se propõe a falar de leitura e escrita, referimo-nos à alfabetização conceituada por Soares, que consiste na aprendizagem do sistema alfabético-ortográfico (SOARES, [1998], 2009). Foi encontrada a necessidade de conceituar o entendimento sobre a escrita em si e, para tanto, recorremos a Luria ([1988], 2018, p. 146) quando teoriza que a escrita é “uso funcional de linhas, pontos e outros signos para recordar e transmitir ideias e conceitos”. Ao se referir sobre o desenho, Luria destaca que este se inicia a partir da brincadeira infantil, porém pode ser um meio para registro (LURIA, 2018, p. 174). Posto isto, os signos que recordam e transmitem ideias podem ser versados como os desenhos, evidenciando, assim, a relação destes com a escrita. É pertinente apontar, dado o uso do termo desenho, que este se insere no brincar para as crianças e, na brincadeira, nos encontramos com o viver criativo (WINNICOTT, [1971], 2019). Exercitando o universo simbólico do desenho, que é um lugar de expressão da linguagem, seria possível fazer da leitura e da escrita um processo com sentido e significados reais para os alunos. Essa hipótese foi gestada para somar na aprendizagem dos alunos, pois uma das percepções feitas durante a prática do estágio nos Anos Iniciais sobre o ensino dos conteúdos curriculares na instituição em questão descrevem atividades de cópias mecanizadas que não possibilitam autoria nem autonomia de pensamento discente (FERNÁNDEZ, 2001). Ao final da pesquisa, foi possível perceber que promover um espaço que exercite a linguagem artística vai ao encontro de um desenvolvimento infantil lúdico, criativo e saudável, o que propicia o aprendizado das letras e progressão na leitura. A relação com a formação docente também foi relevante nas conclusões, pois destacou-se que o educador deve preconizar, em sua prática, a saída da utopia e o pensamento em possibilidades reais para os discentes.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilFaculdade de EducaçãoCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::TOPICOS ESPECIFICOS DE EDUCACAO::EDUCACAO PRE-ESCOLARDesenvolvimento infantilDesenhoLeituraCriatividade“Tia, eu não sei desenhar!”: apontamentos sobre a leitura, escrita e o desenho na prática pedagógica com os anos iniciaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/17217/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52ORIGINALJMotta.pdfJMotta.pdfapplication/pdf589415http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/17217/1/JMotta.pdf4b920fd9b7560469aba831321cc293e5MD5111422/172172023-11-30 00:04:54.55oai:pantheon.ufrj.br:11422/17217TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:04:54Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
“Tia, eu não sei desenhar!”: apontamentos sobre a leitura, escrita e o desenho na prática pedagógica com os anos iniciais |
title |
“Tia, eu não sei desenhar!”: apontamentos sobre a leitura, escrita e o desenho na prática pedagógica com os anos iniciais |
spellingShingle |
“Tia, eu não sei desenhar!”: apontamentos sobre a leitura, escrita e o desenho na prática pedagógica com os anos iniciais Motta, Julia Pereira CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::TOPICOS ESPECIFICOS DE EDUCACAO::EDUCACAO PRE-ESCOLAR Desenvolvimento infantil Desenho Leitura Criatividade |
title_short |
“Tia, eu não sei desenhar!”: apontamentos sobre a leitura, escrita e o desenho na prática pedagógica com os anos iniciais |
title_full |
“Tia, eu não sei desenhar!”: apontamentos sobre a leitura, escrita e o desenho na prática pedagógica com os anos iniciais |
title_fullStr |
“Tia, eu não sei desenhar!”: apontamentos sobre a leitura, escrita e o desenho na prática pedagógica com os anos iniciais |
title_full_unstemmed |
“Tia, eu não sei desenhar!”: apontamentos sobre a leitura, escrita e o desenho na prática pedagógica com os anos iniciais |
title_sort |
“Tia, eu não sei desenhar!”: apontamentos sobre a leitura, escrita e o desenho na prática pedagógica com os anos iniciais |
author |
Motta, Julia Pereira |
author_facet |
Motta, Julia Pereira |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Motta, Julia Pereira |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Baroni, Patrícia Raquel |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Coimbra, Silvia Gabrielle Braz |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Maia, Maria Vitória Campos Mamede |
contributor_str_mv |
Baroni, Patrícia Raquel Coimbra, Silvia Gabrielle Braz Maia, Maria Vitória Campos Mamede |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::TOPICOS ESPECIFICOS DE EDUCACAO::EDUCACAO PRE-ESCOLAR |
topic |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::TOPICOS ESPECIFICOS DE EDUCACAO::EDUCACAO PRE-ESCOLAR Desenvolvimento infantil Desenho Leitura Criatividade |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Desenvolvimento infantil Desenho Leitura Criatividade |
description |
Essa pesquisa nasce a partir da experiência de estágio curricular obrigatório da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cumprido numa escola municipal da cidade do Rio de Janeiro nos Anos Iniciais de ensino. Foi realizado um estudo qualitativo (IVENICK, CANEN, 2016) sobre a prática de estágio. Nesse sentido, o trabalho tem como objetivo investigar as potencialidades que o universo simbólico do desenho propícia para a aquisição do código da leitura e escrita nos Anos Iniciais. Esse universo simbólico (PIAGET, [1967], 2019) pode ser compreendido como todo tipo de representação e linguagem, evidenciado por Piaget no estágio pré-operatório da evolução do pensamento infantil, no qual o desenho está incluído. Sendo assim, o desenho se configura como um instrumento de significação que organiza e estrutura o pensamento infantil (FASSINA, 2011). Quando a pesquisa se propõe a falar de leitura e escrita, referimo-nos à alfabetização conceituada por Soares, que consiste na aprendizagem do sistema alfabético-ortográfico (SOARES, [1998], 2009). Foi encontrada a necessidade de conceituar o entendimento sobre a escrita em si e, para tanto, recorremos a Luria ([1988], 2018, p. 146) quando teoriza que a escrita é “uso funcional de linhas, pontos e outros signos para recordar e transmitir ideias e conceitos”. Ao se referir sobre o desenho, Luria destaca que este se inicia a partir da brincadeira infantil, porém pode ser um meio para registro (LURIA, 2018, p. 174). Posto isto, os signos que recordam e transmitem ideias podem ser versados como os desenhos, evidenciando, assim, a relação destes com a escrita. É pertinente apontar, dado o uso do termo desenho, que este se insere no brincar para as crianças e, na brincadeira, nos encontramos com o viver criativo (WINNICOTT, [1971], 2019). Exercitando o universo simbólico do desenho, que é um lugar de expressão da linguagem, seria possível fazer da leitura e da escrita um processo com sentido e significados reais para os alunos. Essa hipótese foi gestada para somar na aprendizagem dos alunos, pois uma das percepções feitas durante a prática do estágio nos Anos Iniciais sobre o ensino dos conteúdos curriculares na instituição em questão descrevem atividades de cópias mecanizadas que não possibilitam autoria nem autonomia de pensamento discente (FERNÁNDEZ, 2001). Ao final da pesquisa, foi possível perceber que promover um espaço que exercite a linguagem artística vai ao encontro de um desenvolvimento infantil lúdico, criativo e saudável, o que propicia o aprendizado das letras e progressão na leitura. A relação com a formação docente também foi relevante nas conclusões, pois destacou-se que o educador deve preconizar, em sua prática, a saída da utopia e o pensamento em possibilidades reais para os discentes. |
publishDate |
2021 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021-12-13 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-06-14T18:35:32Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-11-30T03:04:54Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
MOTTA, Julia Pereira. “Tia, eu não sei desenhar!”: apontamentos sobre a leitura, escrita e o desenho na prática pedagógica com os anos iniciais. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) - Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11422/17217 |
identifier_str_mv |
MOTTA, Julia Pereira. “Tia, eu não sei desenhar!”: apontamentos sobre a leitura, escrita e o desenho na prática pedagógica com os anos iniciais. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) - Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021. |
url |
http://hdl.handle.net/11422/17217 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRJ |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Faculdade de Educação |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRJ instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
collection |
Repositório Institucional da UFRJ |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/17217/2/license.txt http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/17217/1/JMotta.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255 4b920fd9b7560469aba831321cc293e5 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1784097244714106880 |