Análise de observações do diâmetro no contexto da atividade solar
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/5897 |
Resumo: | De 1997 a 2003 mais de 20.000 observações do Semidiâmetro Solar foram feitas pelo Astrolábio Solar CCD do Observatório Nacional no Rio de Janeiro. Os dados experimentais de 1998 a 2001 foram obtidos em dois trabalhos anteriores independentes, pelas correções de efeitos sistemáticos aos resultados observacionais brutos. Neste trabalho foram determinadas correções semelhantes para os resultados observacionais de 2002 e 2003. Visando a robustez das correções, as medidas de cada ano foram consideradas em separado, bem como foram separadas as séries de observações feitas a leste do meridiano local e a oeste deste. Inicialmente, para cada série anual utilizamos uma abordagem estatística, justificada pela quantidade de dados. Os valores a este e a oeste foram corrigidos em função de seu desvio quadrático às tendências médias locais, sem alterar, portanto as variações medidas. Finalmente, os valores foram corrigidos dos erros sistemáticos, utilizando coeficientes obtidos das correlações entre os parâmetros e as medidas observacionais. A série de 16.523 dados coerentes da variação do semidiâmetro solar, entre 1998 e 2003, permitiu a comparação detalhada com séries de indicadores da atividade solar: Índice de Flares, Irradiância, Campo Magnético Integrado, Contagem de Manchas e Fluxo Rádio em 10,7cm. A hipótese de variação do semidiâmetro ligada à atividade solar, sendo reciprocamente seu estimador, foi examinada através das correlações entre os diferentes pares de indicadores. As correlações foram calculadas para espaçamentos contínuos das séries de valores, desde a divisão anual até a divisão mensal de dados. Foram obtidas fortes correlações entre alguns pares, interpretadas como forte interação física entre eles. A seguir obtiveram-se as mesmas correlações considerando atrasos temporais de uma série em relação à outra. Diversos pares mostraram aumento nas correlações apontando para um valor máximo quando há alguma defasagem entre as curvas. Para o par Semidiâmetro Solar e Irradiância obtivemos a moda das defasagens nas correlações máximas dos diversos períodos para dois casos. Quer para a série completa de dados e quer deixando de fora os dados relativos aos dois picos máximos do ciclo de atividade solar. A comparação mostra que o Semidiâmetro responde imediatamente às variações de Irradiância nas condições em que se consideram os picos de atividades e precede às variações de Irradiância em pelo menos cem dias quando aqueles valores são desconsiderados, apontando para a existência de dois regimes diferentes. Estudamos também como o semidiâmetro do Sol varia ao longo de suas latitudes, observando que cada faixa de latitude tem uma resposta diferente embora haja uma variação global em certa direção. Foram detectadas faixas de latitude solar que têm módulos de variações do semidiâmetro mais suaves e outras com módulos de variações mais fortes. |
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Inicialmente, para cada série anual utilizamos uma abordagem estatística, justificada pela quantidade de dados. Os valores a este e a oeste foram corrigidos em função de seu desvio quadrático às tendências médias locais, sem alterar, portanto as variações medidas. Finalmente, os valores foram corrigidos dos erros sistemáticos, utilizando coeficientes obtidos das correlações entre os parâmetros e as medidas observacionais. A série de 16.523 dados coerentes da variação do semidiâmetro solar, entre 1998 e 2003, permitiu a comparação detalhada com séries de indicadores da atividade solar: Índice de Flares, Irradiância, Campo Magnético Integrado, Contagem de Manchas e Fluxo Rádio em 10,7cm. A hipótese de variação do semidiâmetro ligada à atividade solar, sendo reciprocamente seu estimador, foi examinada através das correlações entre os diferentes pares de indicadores. As correlações foram calculadas para espaçamentos contínuos das séries de valores, desde a divisão anual até a divisão mensal de dados. Foram obtidas fortes correlações entre alguns pares, interpretadas como forte interação física entre eles. A seguir obtiveram-se as mesmas correlações considerando atrasos temporais de uma série em relação à outra. Diversos pares mostraram aumento nas correlações apontando para um valor máximo quando há alguma defasagem entre as curvas. Para o par Semidiâmetro Solar e Irradiância obtivemos a moda das defasagens nas correlações máximas dos diversos períodos para dois casos. Quer para a série completa de dados e quer deixando de fora os dados relativos aos dois picos máximos do ciclo de atividade solar. A comparação mostra que o Semidiâmetro responde imediatamente às variações de Irradiância nas condições em que se consideram os picos de atividades e precede às variações de Irradiância em pelo menos cem dias quando aqueles valores são desconsiderados, apontando para a existência de dois regimes diferentes. Estudamos também como o semidiâmetro do Sol varia ao longo de suas latitudes, observando que cada faixa de latitude tem uma resposta diferente embora haja uma variação global em certa direção. Foram detectadas faixas de latitude solar que têm módulos de variações do semidiâmetro mais suaves e outras com módulos de variações mais fortes.From 1997 to 2003 the CCD Solar Astrolabe of the Observatório Nacional in Rio de Janeiro made more than 20,000 observations of the Solar Semidiameter. The experimental data from1998 to 2001 had been obtained in two independent previous works, by the corrections of the systematic effects on the raw observational results. In the present work similar corrections for the observational results of 2002 and 2003 were determined. Aiming at the robustness of the corrections, the measurements of each year have been considered separately, as well as the series of observational data as taken at east or west from the local meridian were separately considered. Initially, for each annual series a statistical approach was used, justified by the amount of data. The values to east and west have been corrected in function of their mean quadratic offset to the local trend averages, therefore without modifying the measured variations. Finally, the values have been corrected of the bias, using coefficients obtained from the correlation between the parameters and the observational measures. The series of 16.523 coherent data of the variation of the Solar Semidiameter, between 1998 and 2003, allowed the detailed comparison with series of pointers of the solar activity: Flare Index, Total Irradiance, Integrated Magnetic Field, Sunspot Number and 10.7cm Radio Flux. The hypothesis of variation of the Semidiameter tied to the solar activity, otherwise being its estimator, was examined through the correlations between the different pairs of pointers. The correlations have been calculated at continuous spacing of the series of values, from the data annual division until the monthly division. Strong correlations between some pairs were obtained, and interpreted as strong physical interaction between them. For the pair Solar Semidiameter and Irradiance the mode of the phase for maximum correlation was calculated for two distinct cases: either for the complete series of data, or leaving off the data relative to the epochs of the two summits of the solar activity cycle. The comparison shows that the Solar Semidiameter responds closely to variations of Irradiance in the conditions where the peaks of activity are considered inversely, it precedes the variations of Irradiance, by at least one hundred days, when the peak values are discarded, thus indicating the existence of two distinct regimes. We also studied how the Solar Semidiameter varies throughout its latitudes. It was noted that each band of latitude has a different response, even so there is a global variation in time. It was also determined the solar latitude bands that exhibit small modules for the Solar Semidiameter variation and those bands where the variation modules are much stronger.Submitted by Elaine Almeida (elaine.almeida@nce.ufrj.br) on 2018-11-30T16:31:32Z No. of bitstreams: 1 AVTardelli.pdf: 933941 bytes, checksum: fa83d98a24d81a1660568c562d760bd0 (MD5)Made available in DSpace on 2018-11-30T16:31:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 AVTardelli.pdf: 933941 bytes, checksum: fa83d98a24d81a1660568c562d760bd0 (MD5) Previous issue date: 2018porUniversidade Federal do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em AstronomiaUFRJBrasilObservatório do ValongoCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::ASTRONOMIA::ASTROFISICA ESTELARAstrometriaSolAnálise de observações do diâmetro no contexto da atividade solarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJORIGINAL712841.pdf712841.pdfapplication/pdf2633691http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/5897/3/712841.pdf810266b46180a4d2b542c7fb0f101e04MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/5897/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD5211422/58972023-11-30 00:02:35.343oai:pantheon.ufrj.br:11422/5897TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:02:35Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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De 1997 a 2003 mais de 20.000 observações do Semidiâmetro Solar foram feitas pelo Astrolábio Solar CCD do Observatório Nacional no Rio de Janeiro. Os dados experimentais de 1998 a 2001 foram obtidos em dois trabalhos anteriores independentes, pelas correções de efeitos sistemáticos aos resultados observacionais brutos. Neste trabalho foram determinadas correções semelhantes para os resultados observacionais de 2002 e 2003. Visando a robustez das correções, as medidas de cada ano foram consideradas em separado, bem como foram separadas as séries de observações feitas a leste do meridiano local e a oeste deste. Inicialmente, para cada série anual utilizamos uma abordagem estatística, justificada pela quantidade de dados. Os valores a este e a oeste foram corrigidos em função de seu desvio quadrático às tendências médias locais, sem alterar, portanto as variações medidas. Finalmente, os valores foram corrigidos dos erros sistemáticos, utilizando coeficientes obtidos das correlações entre os parâmetros e as medidas observacionais. A série de 16.523 dados coerentes da variação do semidiâmetro solar, entre 1998 e 2003, permitiu a comparação detalhada com séries de indicadores da atividade solar: Índice de Flares, Irradiância, Campo Magnético Integrado, Contagem de Manchas e Fluxo Rádio em 10,7cm. A hipótese de variação do semidiâmetro ligada à atividade solar, sendo reciprocamente seu estimador, foi examinada através das correlações entre os diferentes pares de indicadores. As correlações foram calculadas para espaçamentos contínuos das séries de valores, desde a divisão anual até a divisão mensal de dados. Foram obtidas fortes correlações entre alguns pares, interpretadas como forte interação física entre eles. A seguir obtiveram-se as mesmas correlações considerando atrasos temporais de uma série em relação à outra. Diversos pares mostraram aumento nas correlações apontando para um valor máximo quando há alguma defasagem entre as curvas. Para o par Semidiâmetro Solar e Irradiância obtivemos a moda das defasagens nas correlações máximas dos diversos períodos para dois casos. Quer para a série completa de dados e quer deixando de fora os dados relativos aos dois picos máximos do ciclo de atividade solar. A comparação mostra que o Semidiâmetro responde imediatamente às variações de Irradiância nas condições em que se consideram os picos de atividades e precede às variações de Irradiância em pelo menos cem dias quando aqueles valores são desconsiderados, apontando para a existência de dois regimes diferentes. Estudamos também como o semidiâmetro do Sol varia ao longo de suas latitudes, observando que cada faixa de latitude tem uma resposta diferente embora haja uma variação global em certa direção. Foram detectadas faixas de latitude solar que têm módulos de variações do semidiâmetro mais suaves e outras com módulos de variações mais fortes. |
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