População atendida e ações realizadas em Centros de Atenção Psicossocial
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/15009 |
Resumo: | Os movimentos da Reforma Psiquiátrica e da Reforma Sanitária Brasileira consolidaram a luta pelos direitos das pessoas em sofrimento ou com transtornos mentais a partir dos anos 1970. No Brasil, com a aprovação da Lei 10.216 em 2001, há maior incentivo ao novo modelo assistencial e incremento no número de serviços alternativos para o cuidado à saúde mental. São dispositivos importantes para a consolidação do novo modelo de atenção à saúde mental no Brasil os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Este estudo teve por objetivo caracterizar a população atendida nestes serviços no município do Rio de Janeiro, de 2015 a 2017, a partir de fontes de dados de produção ambulatorial. Vinte e três CAPS tiveram seus registros incluídos na análise, nos quais 12.649 usuários foram atendidos regularmente. Com essas pessoas foram realizadas 505.146 ações de assistência à saúde. A população masculina é maior no geral (61,5%), especialmente nos CAPS álcool e drogas (81,6%) e infantojuvenil (71,1%). Quanto ao quesito raça-cor, 39% dos cadastros não tinham preenchimento da informação. Nos CAPS adulto dos tipos II e III a maioria dos usuários tinha diagnóstico F20 (Esquizofrenia). Quase 40% das atividades registradas foram de atendimentos individuais. Nos CAPS infantojuvenis, 31,5% das atividades foram realizadas com familiares. Apesar de ser o tipo de unidade priorizada para atenção às pessoas com problemas mentais graves, a análise sistemática da população atendida nesses serviços não tem sido publicada na literatura de pesquisa. Os estudos existentes se focam majoritariamente em unidades específicas, apresentando análises da população atendida a partir da investigação de prontuários. Além disso, o elevado número de duplicações encontrado na base obtida inicialmente sugere inconsistências do aplicativo ou do processo de trabalho para alimentação de dados. Reconhecer o perfil dos usuários dos Centros de Atenção Psicossocial permite desenhar estratégias melhor adequadas para as necessidades de saúde desta população. A magnitude do município do Rio de Janeiro e o número e variedade de CAPS incluídos na pesquisa fornecem um panorama a ser considerado, particularmente pelos mais de 12 mil registros de usuários que puderam ser avaliados. Os CAPS são dispositivos estratégicos para reorientação do modelo de atenção à saúde mental e é preciso sistematizar o conhecimento sobre pessoas estão sendo atendidas nesses serviços para o amplificar sua capacidade de ação. |
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São dispositivos importantes para a consolidação do novo modelo de atenção à saúde mental no Brasil os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Este estudo teve por objetivo caracterizar a população atendida nestes serviços no município do Rio de Janeiro, de 2015 a 2017, a partir de fontes de dados de produção ambulatorial. Vinte e três CAPS tiveram seus registros incluídos na análise, nos quais 12.649 usuários foram atendidos regularmente. Com essas pessoas foram realizadas 505.146 ações de assistência à saúde. A população masculina é maior no geral (61,5%), especialmente nos CAPS álcool e drogas (81,6%) e infantojuvenil (71,1%). Quanto ao quesito raça-cor, 39% dos cadastros não tinham preenchimento da informação. Nos CAPS adulto dos tipos II e III a maioria dos usuários tinha diagnóstico F20 (Esquizofrenia). Quase 40% das atividades registradas foram de atendimentos individuais. Nos CAPS infantojuvenis, 31,5% das atividades foram realizadas com familiares. 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Os CAPS são dispositivos estratégicos para reorientação do modelo de atenção à saúde mental e é preciso sistematizar o conhecimento sobre pessoas estão sendo atendidas nesses serviços para o amplificar sua capacidade de ação.The Psychiatric Reform and the Brazilian Health Reform movements consolidated the fight for the rights of people suffering or with mental disorders from the years 1970. In Brazil, with the approval of Law 10,216 in 2001, there is greater incentive to the new care model and increase in the number of alternative health care services mental. They are important devices for the consolidation of the new model of care to mental health in Brazil the Psychosocial Care Centers (CAPS). This study had by objective to characterize the population served by these services in the city of Rio de Janeiro, from 2015 to 2017, from outpatient production data sources. Twenty three CAPS had their records included in the analysis, in which 12,649 users were assisted regularly. With these people, 505,146 health care actions were carried out. The male population is higher overall (61.5%), especially in CAPS alcohol and drugs (81.6%) and children and adolescents (71.1%). Regarding race-color, 39% of the entries did not had filling in the information. In adult CAPS types II and III, most users had a diagnosis of F20 (Schizophrenia). Almost 40% of registered activities were individual consultations. In children's CAPS, 31.5% of activities were carried out with family members. Despite being the type of unit prioritized for attention to people with severe mental problems, the systematic analysis of the population served in these services has not been published in the research literature. Existing studies focus on mostly in specific units, presenting analyzes of the population served to from the investigation of medical records. In addition, the high number of duplications found in the base obtained initially suggests application or process inconsistencies for data feed. Recognize the profile of users of the Centers Psychosocial care allows you to design strategies that are better suited to your needs of this population. The magnitude of the municipality of Rio de Janeiro and the number and variety of CAPS included in the survey provide an overview to consider, particularly for the more than 12,000 user records that could be evaluated. You CAPS are strategic devices for reorienting the mental health care model and it is necessary to systematize knowledge about people being served in these services to amplify its capacity for action.Submitted by Sheila Ferreira (sferreira@iesc.ufrj.br) on 2021-09-01T17:15:20Z No. of bitstreams: 1 CDLuquineJunior.pdf: 278501 bytes, checksum: b11ebaddf5490f56ef16c35f7a6366f1 (MD5)Made available in DSpace on 2021-09-01T17:15:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 CDLuquineJunior.pdf: 278501 bytes, checksum: b11ebaddf5490f56ef16c35f7a6366f1 (MD5) Previous issue date: 2019-11-29porUniversidade Federal do Rio de JaneiroCurso de Residência Multiprofissional em Saúde ColetivaUFRJBrasilInstituto de Estudos em Saúde ColetivaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICACentros de Atenção PsicossocialPerfil de saúdeSaúde mentalAtenção à saúdeRegistro das ações ambulatoriais de saúdePopulação atendida e ações realizadas em Centros de Atenção Psicossocialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/15009/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52ORIGINALCDLuquineJunior.pdfCDLuquineJunior.pdfapplication/pdf278501http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/15009/1/CDLuquineJunior.pdfb11ebaddf5490f56ef16c35f7a6366f1MD5111422/150092023-11-30 00:04:26.48oai:pantheon.ufrj.br:11422/15009TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:04:26Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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