Migração de retorno, programas assistenciais do governo federal e rotatividade migratória no nordeste brasileiro: 1995-2009

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Macedo, Cintia Cordeiro
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/2114
Resumo: Observa a relação entre os programas assistenciais do Governo Federal e a chamada migração de retorno para a Região Nordeste no período de 2000 a 2006, a partir de dados do Censo Demográfico de 2000 e das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (PNADs) de 2004 e 2006, além de apresentar uma análise específica do Índice de Rotatividade Migratória, publicado em 2009. Analisando os novos padrões da migração brasileira, percebeu-se que a Região Sudeste passou a não ser tão atrativa e a Região Nordeste passou não só receber seus naturais de volta como também a ter menores volumes de população deixando a região em direção a outras. Nesse contexto, a migração de retorno configurou-se a grande novidade evidenciada pelo Censo de 2000. Foi possível ainda, verificar as características desse migrante retornado em comparação ao migrante de não retorno, que no geral é mais jovem, bem educado e está inserido, em sua maioria, em ocupações informais. Também descrevemos os principais programas sociais do Governo Federal, destacando a magnitude e a importância do Bolsa Família, averiguando como essas transferências direta de renda podem ter influenciado a decisão do migrante de retornar a sua região de origem. De acordo com dados mais recentes, as cidades brasileiras que se encontram em rotatividade migratória são aquelas que possuem um equilíbrio entre o número de entradas e saídas de população. Os resultados deste estudo confirmam a importância da migração de retorno para a Região Nordeste, mas não confirmam uma relação estreita entre a remigração para esta região e os programas de transferência direta de renda do Governo Federal. Além disso, revelam a constante mudança dos fluxos migratórios pelos quais o país vem passando, uma vez que a situação de rotatividade migratória pelos estados parece ser a mais nova tendência dos movimentos migratórios brasileiros.
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