A subalternidade, resistência e empoderamento da mulher negra na sociedade

• Autor(a) principal: Santos, Elisângela Gomes dos
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/14289
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA; Literatura brasileira; Mulheres na literatura

O presente trabalho visa analisar o papel da mulher negra dentro da literatura brasileira, visto que esta dialoga com padrões vigentes, e, pretende mostrar como personagens femininas se insurgiram contra a hegemonia eurocêntrica, deferindo suas vozes dentro do cânone brasileiro. Objetiva descortinar por meio da escrita afrocentista o rompimento do estereótipo marginal, subalterno e sexista impregnado a mulher negra. Dentro dos padrões literários nacionais é visível a supressão de produções negras visto que estas são segregadas e esquecidas, uma condição que ultrapassa séculos e as tornam quase invisíveis na história. A explicação para tal dá-se ao fato de que as mulheres eram postas de lado, quase sempre privadas de educação consequentemente estéreis de escrita. Com este trabalho pretende-se demonstrar que personagens negras na literatura, antes subalterna, marginalizada, lascivas e sob o domínio branco, agora têm sido retratadas não mais como simples coadjuvantes, mas como protagonistas de suas vidas, resistentes, empoderadas que gritam e se fazem ouvir dentro da sociedade. Eis que surge uma nova literatura onde o discurso afrocentista tem voz e cuja identidade não é mais maquiada.