Extração e caracterização do óleo da amêndoa de sapucaia (Lecythis pisonis)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Magalhães, Anna Luiza de Castro Carvalho
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/20709
Resumo: A sapucaia (Lecythis pisonis) é uma planta da família Lecythidaceae nativa da Amazônia brasileira. Em 2016 o Brasil exportou cerca de 25 mil toneladas de nozes e castanhas e a amêndoa da sapucaia está entre os frutos nativos do Brasil que apresentam potencial promissor para industrialização e exportação. A amêndoa da sapucaia é rica em lipídeos e contém majoritariamente ácidos graxos de cadeia longa insaturados, em particular o ácido linoleico (ω - 6) (37%), que é um ácido graxo essencial, e o ácido oleico (ω -9) (49%), que é importante em processos inflamatórios. Neste trabalho, avaliou-se o efeito do processo de extração nas propriedades físico-químicas do óleo da amêndoa de sapucaia. O processamento integrado envolvendo a prensagem a frio, a quente e a extração com um solvente renovável (etanol) foi adotado para obtenção do óleo de sapucaia. A eficiência do processo de prensagem a frio foi de 100%. Como esperado, o rendimento global de extração do óleo foi mais elevado no processo integrado (68%) do que os processos separados de prensagem a frio (42%) e a quente (40%). Isto ocorre, principalmente, devido à presença de compostos polares, com caráter funcional, como os fenólicos, transferidos para a fração lipídica quando se usa o etanol como solvente. Além disso, obteve-se um óleo com baixa acidez (entre 0,18 e 0,63 mg KOH/g, que são inferiores ao limite máximo permitido de 4 mg KOH/g), alta estabilidade oxidativa (8 a 8,5 horas), com teor de matéria insaponificável de 0,41 a 0,64% e atividade antioxidante (EC50 entre 21 e 31g/100g DPPH) comparável aos reportados para castanha do Pará. Os resultados se enquadram dentro dos critérios de qualidade definidos na RDC 270 de 2005. O óleo da amêndoa de sapucaia, além de ser uma alternativa ao desmatamento, tem potencial para consumo e comercialização.
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