Estudo da atividade de descargas atmosféricas na região sudeste do Brasil durante 2001 a 2016
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/16775 |
Resumo: | A atividade de descargas atmosféricas pode ocasionar uma série de impactos negativos no âmbito socioeconômico de uma determinada região provocando queimadas, causando danos à rede de distribuição de energia e acidentes com fatalidades. Também pode estar associada à eventos significativos de precipitação que culminam na ocorrência ventos fortes, deslizamento de terra e enchentes. No Brasil, o estudo sobre raios foi desenvolvido, principalmente, ao longo das duas últimas décadas e proporcionou uma série de avanços em relação ao que se sabe sobre as forçantes, as intensidades, as distribuições e as consequências deste tipo de fenômeno no país. No presente trabalho foi feito um estudo sobre a climatologia de descargas atmosféricas na região Sudeste do Brasil, no qual procurou-se conhecer as características das suas distribuições temporais e espaciais. Foi utilizado um conjunto de aproximadamente 15 anos de dados, com 48,4 milhões de descargas atmosféricas do tipo nuvem solo (41.022.466 de polaridade negativa e 7.380.663 de polaridade positiva) registradas pela rede de detecção RINDAT, no quadrilátero delimitado pelas latitudes de 14,3ºS e 25,3ºS e longitudes de 39,7ºW e 53,2ºW, durante o período de 2001 a 2016. Avaliaram-se as variabilidades (interanual, sazonal e mensal), distribuições (horária e de intensidade dos picos de corrente) e espacialização do número de descargas atmosféricas, identificando as regiões com maior densidade de descargas positivas, negativas e LPCCG no sudeste do Brasil. De acordo com os resultados, 84,8% das descargas atmosféricas na região Sudeste são negativas. Há uma grande variabilidade no número de descargas por ano, com o máximo em 2001 (4.580.460) e mínimo em 2011 (1.860.488). A variabilidade mensal mostra que os meses de outubro a março apresentam as maiores médias mensais e há uma queda brusca durante os meses de junho a agosto. Portanto, a maior atividade de descargas ocorre durante o verão e a menor durante o inverno. A distribuição horária apresenta uma variação bem definida durante a maior parte do ano, com os maiores valores de acumulado na parte da tarde e da noite e os menores na parte da manhã. A distribuição do pico de corrente mostra que a partir de 30 kA de intensidade as descargas atmosféricas tendem a ser mais raras. A distribuição espacial parece ter relação com a topografia e com a presença de centros urbanos. |
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