Ossos que mergulham no mar: açorianidade revisitada
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/17552 |
Resumo: | Tendo como base os apontamentos feitos por Vitorino Nemésio na elaboração da açorianidade, o presente trabalho busca demonstrar como este conceito ainda se manifesta na contemporaneidade contribuindo para a continuação de uma tradição de escritores ilhéus feitos “de carne e pedra” (NEMÉSIO, 1986, p. 406) nos Açores. Sobretudo, observamos como essa ideia opera a partir da transição entre espaço e ambientação (DIMAS, 1985) através do romance Arquipélago (2015) de Joel Neto. Arquipélago trata da jornada de José Arthur, acadêmico de pouco prestígio e de relações enferrujadas, de volta à Ilha Terceira, de onde é originário, em busca de confirmações que sustentem a hipótese da sua tese de doutoramento. Dessa maneira, o romance carrega o leitor a um amistoso e natural encontro a um rico painel cultural recheado de elementos caros ao povo e à tradição literária dos Açores. Sendo assim, abrimos a portas das casas dos personagens de Arquipélago, acessando seus espaços íntimos e utilizando a morada como objeto de análise da obra de Joel Neto, percebemos como o romance constrói ao mesmo tempo natural e intencionalmente sua própria açorianidade. Assim, de casebres à cidades, de rochas à um arquipélago observamos a construção de um imaginário terceirense e repensamos o conceito de ‘açorianidade’ na literatura contemporânea. |
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