Caracterização mineralógica e petrológica das ocorrências de ankaramito nas Bacias de Itaboraí Volta Redonda - RJ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tiago, Nina Torres
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/4151
Resumo: A Bacia de Itaboraí, localizada no município de Itaboraí, é a menor Bacia do Rifte Continental do Sudeste do Brasil (RCSB) com sua abertura no Paleoceno. É caracterizada como uma faixa elíptica deprimida de direção ENE, com dimensões de 1400 m de comprimento por 500 m de largura, preenchida por uma sequência de calcários clásticos e químicos. A Bacia de Volta Redonda está inserida no médio vale do rio Paraíba do Sul, e também está relacionada ao contexto de abertura inicial do RCSB. Sua sedimentação é característica de ambientes continentais, com registros de sedimentação rudácea associada a leques aluviais proximais. O presente enfoca a análise, caracterização e comparação entre as rochas relativas aos dois únicos derrames ankaramíticos na porção continental no Brasil encontrados na Bacia de Itaboraí e na Bacia de Volta Redonda, datados de 52.6 ± 2 Ma e 49.5 ± 0,4 Ma, respectivamente. Para comparação entre as rochas utilizaram-se os métodos Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV), equipado com um espectrômetro de energia dispersada (EDS) para uma análise dos minerais primários e secundários em seção delgada; descrição petrográfica em lâminas delgadas através de microscópio de luz refletida e transmitida, além de análise mineralógica semiquantitativa de minerais pesados em lupa binocular. Para Itaboraí, também foi realizada Difração de Raios X (DRX) e; Microssonda Eletrônica para a caracterização mineralógica. Na análise petrográfica os ankaramito de Itaboraí e Volta Redonda foram descritos como sendo ultramáfico alcalino com textura inequigranular porfirítica e granulação fina a média. É composto por fenocristais de titanoaugita e olivina e matriz microscristalina formada por pequenos cristais de titanoaugita, plagioclásio, analcita, apatita e opacos. Apesar do ankaramito de Itaboraí possuir textura mais grossa, observou-se que os fenocristais de Volta Redonda são levemente mais grossos, com tamanho entre 2 e 6 mm. Também foram observadas amígdalas preenchidas, ora por zeólitas, calcedônia ou carbonato em Volta Redonda, ora por carbonatos em Itaboraí. As análises de mineralogia em grão mostraram uma maior quantidade de cromita e iddingsita e ausência de pirita no ankaramito de Volta Redonda, enquanto que em Itaboraí notou-se uma maior proporção de fragmentos de rochas e siderita em maiores quantidades, e a presença de pirita. A caracterização mineralógica por DRX confirmou a presença de cromita no ankaramito. Enquanto que o MEV-EDS auxiliou na caracterização mineralógica das titanoaugita, olivina, cromita, ilmenita e carbonato. Por fim, os resultados da composição química das cromitas de Itaboraí feita em Microsonda Eletrônica e plotados, no gráfico de Thayer, permitiu a sua classificação como sendo do tipo cromita estratiforme, com base em sua razão de Fe2+/Mg. Este resultado remete à formação do derrame a um ambiente intraplaca do tipo rifte continental. A comparação entre os derrames ankaramíticos mostrou similaridades nos aspectos químicos. A presença de cromita em ambas as áreas também auxiliou na interpretação sobre serem parte do mesmo evento, em pulsos vulcânicos separados.
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É caracterizada como uma faixa elíptica deprimida de direção ENE, com dimensões de 1400 m de comprimento por 500 m de largura, preenchida por uma sequência de calcários clásticos e químicos. A Bacia de Volta Redonda está inserida no médio vale do rio Paraíba do Sul, e também está relacionada ao contexto de abertura inicial do RCSB. Sua sedimentação é característica de ambientes continentais, com registros de sedimentação rudácea associada a leques aluviais proximais. O presente enfoca a análise, caracterização e comparação entre as rochas relativas aos dois únicos derrames ankaramíticos na porção continental no Brasil encontrados na Bacia de Itaboraí e na Bacia de Volta Redonda, datados de 52.6 ± 2 Ma e 49.5 ± 0,4 Ma, respectivamente. 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A presença de cromita em ambas as áreas também auxiliou na interpretação sobre serem parte do mesmo evento, em pulsos vulcânicos separados.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilInstituto de GeociênciasCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::PETROLOGIAAnkaramitoPetrologia ÍgneaRochas AlcalinasCaracterização mineralógica e petrológica das ocorrências de ankaramito nas Bacias de Itaboraí Volta Redonda - RJinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJORIGINALTIAGO, N.T.pdfTIAGO, N.T.pdfapplication/pdf3216799http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4151/1/TIAGO%2C+N.T.pdf23239d28ea826c01ff9ae5793b52d53eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4151/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD5211422/41512023-11-30 00:03:24.33oai:pantheon.ufrj.br:11422/4151TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:03:24Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
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