Estudo da sucessão microbiana em ambientes marinhos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Juliana Casares Mandarino
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/17416
Resumo: Neste projeto visamos maior entendimento sobre sucessão microbiana em ambientes marinhos. Nossa hipótese é que alterações nas condições ambientais possam causar perda de diversidade microbiana. Dessa maneira, nosso estudo pretende avaliar se: (i) a regeneração de um ambiente impactado causará a regeneração da diversidade microbiana; (ii) um ambiente exógeno pode servir como banco de diversidade microbiana para recolonização de um ambiente impactado; e (iii) a perda de diversidade microbiana é irreparável (extinção). Para atingir esses objetivos, nosso estudo avaliou a comunidade microbiana presente em água marinha (A) e em água marinha previamente contaminada com hexadecano (C). Com essas amostras foram montados biorreatores contendo 400 ml de amostra (A ou C). A cada 2 dias o conteúdo dos biorreatores foi parcialmente trocado representando 4 tratamentos: (i) iniciado com água marinha + água marinha esterilizada, (ii) iniciado com água marinha contaminada + água marinha, (iii) iniciado com água marinha contaminada + água marinha esterilizada , e (iv) iniciado com água marinha contaminada + água marinha esterilizada + comunidade microbiana de solo . Esses biorreatores foram incubados por 16 dias e a análise da comunidade microbiana foi dividida igualmente em dois períodos: período inicial (1) e período final (2). Cada período foi representado por 4 amostras. A comunidade microbiana presente nos biorreatores foi avaliada através de sequenciamento do gene que codifica o rRNA 16S seguida de análise de bioinformática utilizando o programa QIIME2. Foram feitas as análises de alfa diversidade (índice de Shannon e de Faith-PD) e de beta diversidade (baseado nas métricas weighted e unweighted Unifrac). No geral, nossos resultados mostraram que: (i) avaliando a alfa diversidade a contaminação ambiental não resultou em perda significativa na diversidade das comunidades microbianas; (ii) a suplementação de microrganismos é essencial para manter a diversidade microbiana em amostras de água marinha; (iii) comunidade microbianas exógenas não auxiliaram na regeneração da diversidade microbiana; e (iv) os tratamentos dos diferentes biorreatores alteraram a estrutura, mas não a composição da comunidade microbiana. Por fim, esse trabalho foi um passo em direção a compreensão de como ocorre a sucessão microbiana em ambientes marinhos.
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