Modernidade e colonialidade: articulações entre as relações de produção e de consumo e os processos de construção das subjetividades

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Resende, Amanda Martinho
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/14268
Resumo: Inspirado na perspectiva decolonial e em teorias feministas, o presente trabalho explora as articulações entre as relações de produção e de consumo e os processos de formação das subjetividades – algumas hegemônicas, outras subalternas – de modo a evidenciar sua coconstituição, com efeitos perpetuadores e, por vezes, desafiadores, sobre desigualdades históricas. Em outras palavras, ele explicita algumas das imbricações entre o sistema global capitalista, ou colonialidade do poder, e as estruturas de dominação de gênero, de raça, de classe e de sexualidade. Nessa linha, os processos históricos de formação de masculinidades e feminilidades hegemônicas – isto é, brancas, burguesas e heterossexuais – e subalternas – não brancas, de classe baixa e LGBT – são indissociáveis dos processos de expansão da modernidade e de suas relações de poder. Com isso em vista, ele investiga a construção social da hegemonia do homem branco europeu e alguns de seus efeitos hierarquizantes, a associação entre feminilidades modernas e a cultura das mercadorias, o histórico das relações raciais no Brasil e a resistência/conformação de algumas subjetividades periféricas no contexto da globalização e do neoliberalismo. Argumenta-se que o trabalho e o consumo podem ser instrumentos de privilégio, de opressão ou de emancipação, na medida em que são indispensáveis para o pleno sucesso da afirmação das identidades desejadas.
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