O uso do empréstimo na criação de palavras do twitter: uma análise sob a perspectiva da morfologia distribuída

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Karoline Silva
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/21257
Resumo: Este trabalho propõe analisar e explicar o processo de formação de palavras a partir de um fenômeno comum às línguas naturais: o empréstimo. As redes sociais, principalmente o Twitter, foram fontes de obtenção de dados empíricos de usuários falantes de língua portuguesa, tendo em vista ser esse um meio profícuo para a coleta de um grande número de palavras criadas de forma natural pelos falantes. Através desse levantamento, o corpus foi dividido em dois grupos de palavras: (i) palavras diretamente emprestadas do inglês que chegam ao português em forma de raízes; e (ii) palavras derivadas de empréstimos inseridas na gramática do português. O modelo teórico adotado é uma vertente construcionista da Gramática Gerativa - Morfologia Distribuída (MARANTZ, 1997). Pressupõe-se aqui que a sintaxe é o componente responsável pela formação de palavras e que estas podem ter significado composicional, isto é, quando seu significado pode ser previsto a partir da sua estrutura interna, ou podem ter leitura idiomática, ou seja, quando adquirem outra interpretação semântica dentro de um domínio de localidade que é definido sintaticamente. Através da análise, foi possível confirmar a hipótese de que os dois grupos de palavras seguem regras gramaticais previstas na língua portuguesa, proposta coerente com o modelo de gramática da Morfologia Distribuída para a formação de palavras. Observa-se, portanto, que há uma incorporação de palavras estrangeiras que são tomadas como raízes na língua-alvo, como forma de criação de novas palavras, respeitando as regras de formação já. vigentes, bem como a incorporação de novos significados em contexto sintático específico
id UFRJ_744177cf9bc5e5d067fdb2d3c2a7520d
oai_identifier_str oai:pantheon.ufrj.br:11422/21257
network_acronym_str UFRJ
network_name_str Repositório Institucional da UFRJ
repository_id_str
spelling Lima, Karoline Silvahttp://lattes.cnpq.br/8298681001584769Pederneira, Isabella Lopes2023-08-02T14:38:01Z2023-11-30T03:01:49Z2023http://hdl.handle.net/11422/21257Submitted by Bruna Carla Cajé (brunacaje@hotmail.com) on 2023-08-02T14:38:01Z No. of bitstreams: 1 KSLima.pdf: 432294 bytes, checksum: 8c1ec8827bd408b14e44bad333dc9f5e (MD5)Made available in DSpace on 2023-08-02T14:38:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 KSLima.pdf: 432294 bytes, checksum: 8c1ec8827bd408b14e44bad333dc9f5e (MD5) Previous issue date: 2023Este trabalho propõe analisar e explicar o processo de formação de palavras a partir de um fenômeno comum às línguas naturais: o empréstimo. As redes sociais, principalmente o Twitter, foram fontes de obtenção de dados empíricos de usuários falantes de língua portuguesa, tendo em vista ser esse um meio profícuo para a coleta de um grande número de palavras criadas de forma natural pelos falantes. Através desse levantamento, o corpus foi dividido em dois grupos de palavras: (i) palavras diretamente emprestadas do inglês que chegam ao português em forma de raízes; e (ii) palavras derivadas de empréstimos inseridas na gramática do português. O modelo teórico adotado é uma vertente construcionista da Gramática Gerativa - Morfologia Distribuída (MARANTZ, 1997). Pressupõe-se aqui que a sintaxe é o componente responsável pela formação de palavras e que estas podem ter significado composicional, isto é, quando seu significado pode ser previsto a partir da sua estrutura interna, ou podem ter leitura idiomática, ou seja, quando adquirem outra interpretação semântica dentro de um domínio de localidade que é definido sintaticamente. Através da análise, foi possível confirmar a hipótese de que os dois grupos de palavras seguem regras gramaticais previstas na língua portuguesa, proposta coerente com o modelo de gramática da Morfologia Distribuída para a formação de palavras. Observa-se, portanto, que há uma incorporação de palavras estrangeiras que são tomadas como raízes na língua-alvo, como forma de criação de novas palavras, respeitando as regras de formação já. vigentes, bem como a incorporação de novos significados em contexto sintático específicoporUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUA PORTUGUESACNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICAMorfologia distribuídaSintaxeLinguística computacionalO uso do empréstimo na criação de palavras do twitter: uma análise sob a perspectiva da morfologia distribuídainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/21257/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52ORIGINALKSLima.pdfKSLima.pdfapplication/pdf432294http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/21257/1/KSLima.pdf8c1ec8827bd408b14e44bad333dc9f5eMD5111422/212572023-11-30 00:01:49.751oai:pantheon.ufrj.br:11422/21257TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:01:49Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O uso do empréstimo na criação de palavras do twitter: uma análise sob a perspectiva da morfologia distribuída
title O uso do empréstimo na criação de palavras do twitter: uma análise sob a perspectiva da morfologia distribuída
spellingShingle O uso do empréstimo na criação de palavras do twitter: uma análise sob a perspectiva da morfologia distribuída
Lima, Karoline Silva
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUA PORTUGUESA
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
Morfologia distribuída
Sintaxe
Linguística computacional
title_short O uso do empréstimo na criação de palavras do twitter: uma análise sob a perspectiva da morfologia distribuída
title_full O uso do empréstimo na criação de palavras do twitter: uma análise sob a perspectiva da morfologia distribuída
title_fullStr O uso do empréstimo na criação de palavras do twitter: uma análise sob a perspectiva da morfologia distribuída
title_full_unstemmed O uso do empréstimo na criação de palavras do twitter: uma análise sob a perspectiva da morfologia distribuída
title_sort O uso do empréstimo na criação de palavras do twitter: uma análise sob a perspectiva da morfologia distribuída
author Lima, Karoline Silva
author_facet Lima, Karoline Silva
author_role author
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8298681001584769
dc.contributor.author.fl_str_mv Lima, Karoline Silva
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Pederneira, Isabella Lopes
contributor_str_mv Pederneira, Isabella Lopes
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUA PORTUGUESA
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUA PORTUGUESA
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
Morfologia distribuída
Sintaxe
Linguística computacional
dc.subject.por.fl_str_mv Morfologia distribuída
Sintaxe
Linguística computacional
description Este trabalho propõe analisar e explicar o processo de formação de palavras a partir de um fenômeno comum às línguas naturais: o empréstimo. As redes sociais, principalmente o Twitter, foram fontes de obtenção de dados empíricos de usuários falantes de língua portuguesa, tendo em vista ser esse um meio profícuo para a coleta de um grande número de palavras criadas de forma natural pelos falantes. Através desse levantamento, o corpus foi dividido em dois grupos de palavras: (i) palavras diretamente emprestadas do inglês que chegam ao português em forma de raízes; e (ii) palavras derivadas de empréstimos inseridas na gramática do português. O modelo teórico adotado é uma vertente construcionista da Gramática Gerativa - Morfologia Distribuída (MARANTZ, 1997). Pressupõe-se aqui que a sintaxe é o componente responsável pela formação de palavras e que estas podem ter significado composicional, isto é, quando seu significado pode ser previsto a partir da sua estrutura interna, ou podem ter leitura idiomática, ou seja, quando adquirem outra interpretação semântica dentro de um domínio de localidade que é definido sintaticamente. Através da análise, foi possível confirmar a hipótese de que os dois grupos de palavras seguem regras gramaticais previstas na língua portuguesa, proposta coerente com o modelo de gramática da Morfologia Distribuída para a formação de palavras. Observa-se, portanto, que há uma incorporação de palavras estrangeiras que são tomadas como raízes na língua-alvo, como forma de criação de novas palavras, respeitando as regras de formação já. vigentes, bem como a incorporação de novos significados em contexto sintático específico
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-08-02T14:38:01Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-11-30T03:01:49Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11422/21257
url http://hdl.handle.net/11422/21257
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRJ
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Letras
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRJ
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Repositório Institucional da UFRJ
collection Repositório Institucional da UFRJ
bitstream.url.fl_str_mv http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/21257/2/license.txt
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/21257/1/KSLima.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255
8c1ec8827bd408b14e44bad333dc9f5e
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1784097305429803008