O impacto do investimento externo estrangeiro no crescimento econômico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Aline Silva
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/4628
Resumo: O Brasil representa um paradoxo: importante receptor de investimento direto estrangeiro (IDE) e pouco importante objeto de gastos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) por parte das subsidiárias. Nos anos 90, devido a sua política de incentivo e atratividade de investimento direto estrangeiro (IDE), o Brasil tornou-se um dos maiores receptores de capital estrangeiro comparados com outros países da América Latina. No entanto, as políticas brasileiras de atração do IDE não adotaram a obrigatoriedade de incentivar o compartilhamento de tecnologia com as empresas nacionais. Ao contrário, o Brasil adotou o entendimento que a simples presença estrangeira seria capaz de dinamizar a estrutura produtiva nacional e contribuir para a produção local de tecnologia, utilizando-se de uma política do tipo “portas abertas”. O objetivo deste trabalho é apresentar a síntese do perfil do IDE no Brasil e analisar os possíveis limitantes do investimento direto estrangeiro (IDE) para o crescimento econômico brasileiro. A metodologia adotada foi uma análise da formação da economia brasileira e industrial, com ênfase nos dados utilizados do Banco Central do Brasil, United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD) e World Bank. Foi analisada a origem do capital estrangeiro, quais setores de atividade econômica tiveram maior entrada de IDE, seu tipo e seu percentual de participação no PIB, com prevalência no período de 2011 a 2015. Os principais resultados da análise indicam que, a política de atração de IDE brasileira ainda coloca em segundo plano a importância da aquisição e do estímulo de construção de aptidão tecnológica doméstica para o processo de modernização, diferenciação, inovação. Contatou-se que sem esse incentivo o Brasil continuará sem as mudanças estruturais necessárias em sua base produtiva e o poder alocativo do investimento direto estrangeiro estará limitado sem a possibilidade contribuição esperada ao desenvolvimento da economia brasileira.
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