Não é uma simples conversa: a percepção do neonatologista ao vínculo mãe-bebê

• Autor(a) principal: Dadalto, Jéssica Gaburro
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/15940
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::SAUDE MATERNO-INFANTIL; Relações mãe-filho; Desenvolvimento infantil; Neonatologia; Mother-child relations; Neonatology; Child development

Introdução: Com base na hipótese de que profissionais de saúde podem favorecer o vínculo mãe-bebê em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), as percepções dos médicos neonatologistas sobre sua prática assistencial será importante para a promoção da saúde materno-infantil. Objetivo: Investigar as percepções de médicos neonatologistas sobre sua prática a fim de discutir como estes profissionais percebem seu cuidado assistencial como medida de promoção do vínculo materno e do desenvolvimento infantil. Método: Com base em um desenho qualitativo descritivo, o estudo foi realizado com 16 neonatologistas que trabalharam na UTIN da Maternidade-Escola da UFRJ de junho de 2016 a julho de 2016. Os relatos verbais de todos participantes foram analisados com base na metodologia de análise de conteúdo de L. Bardin, com a qual foram obtidas as seguintes categorias: a) Importância do vínculo mãe-bebê; b) Função do neonatologista; c) Atendimento à família; d) interferências na assistência médica. Resultados e discussão: Os resultados evidenciaram que os neonatologistas apresentam diferentes percepções sobre a importância do vínculo mãe-bebê, sendo ainda pouco percebido esse vínculo como fundamental para o desenvolvimento infantil. Observou-se que os neonatologista reconhecem que eles devem apoiar o vínculo mãe-bebê por meio de informações claras. Além disso, eles acreditam que a assistência deve ser voltada para minimizar o sofrimento familiar. Mesmo que sua prática não tenha sido relacionada diretamente com a promoção do vínculo mãe-bebê ou com o desenvolvimento infantil, eles reconhecem que têm um impacto significativo para ambos. Finalmente, apontaram alguns fatores que interferem em sua assistência, como os aspectos de instituição e as características de família e profissional. Considerações finais: Conclui-se como importante que os neonatologistas reconheçam sua função como facilitadores do vínculo mãe-bebê, assim como sobre a importância destes no processo de constituição psíquica daquele indivíduo que acabou de nascer prematuramente, com vistas a prevenir repercussões negativas para o desenvolvimento integral do bebê.