Avaliação do estado nutricional de pacientes críticos em terapia nutricional via cateter enteral de um hospital da região dos lagos no Estado do Rio de Janeiro

• Autor(a) principal: Pedrosa, Thaís Dias
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/20232
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO; Avaliação nutricional; Nutrição enteral; Paciente crítico; Nutrition assessment; Enteral nutrition; Critical patient

Em pacientes críticos, o Indice de Massa Corporal (IMC) pode ser uma ferramenta útil para avaliar o estado nutricional e monitorar a resposta à terapia nutricional. No entanto, seu uso isolado para avaliar o estado nutricional pode não refletir adequadamente a composição corporal em pacientes críticos. Apesar disso, a literatura reconhece a dificuldade em realizar avaliação da composição corporal no paciente grave por métodos objetivos, além do uso do IMC. Portanto, é importante entender os aspectos positivos e negativos do uso do IMC em pacientes críticos para uma avaliação adequada do estado nutricional e uma melhor tomada de decisão clínica. O presente trabalho é um estudo seccional, descritivo, quantitativo e de base secundária, que avaliou o estado nutricional de pacientes críticos em terapia nutricional internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital público situado na região dos lagos no estado do Rio de Janeiro, que recebem nutrição exclusivamente por via cateter nasoenteral. Os dados fazem parte de um banco de dados restrito do projeto, que foram previamente coletados, entre o período de outubro de 2017 à abril de 2018. As amostras foram constituídas por pacientes adultos e idosos internados na UTI, em uso de terapia nutricional enteral (TNE) exclusiva via cateter nasogástrico/nasoentérico em uso de bomba de infusão, possuindo ao total 36 pacientes, com predominância do sexo masculino (67%) em relação ao feminino (33%) e uma média de idade de 51 ± 18,62 anos, com a maioria adultos (56%) em relação aos idosos (44%). Com relação as doenças de base, a maioria dos pacientes apresentou politraumatismo (44%), seguido de complicações neurológicas (19%) e problemas renais (16%). Em relação ao IMC, a amostra revelou que a média para adultos foi 23,35 ± 2,29 kg/m² e para idosos 23,9 ± 1,69 kg/m², resultados considerados adequados. Embora não seja possível estabelecer uma relação direta com base apenas nesses dados, é possível que o resultado do IMC para eutrofia apresente uma correlação com as doenças de base mais frequentes, como o trauma, uma vez que os dados foram coletados no período da admissão no setor. Sugere-se realizar análises aprofundadas para confirmar essas possíveis correlações. No entanto, o IMC pode não ser um indicador adequado para avaliar o estado nutricional de pacientes críticos, visto que outras variáveis, como a distribuição de gordura corporal e a depleção de volume, podem afetar os resultados.