Destruição de moléculas em nebulosas planetárias

• Autor(a) principal: Neves, Rosicler da Silva
• Data de Publicação: 2005
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/20279
• topic: Nebulosas planetárias; Astroquímica; Meio interestelar; Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos; Planetary nebulae; Astrochemistry; Interstellar medium; Polycyclic aromatic hydrocarbons; CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::ASTRONOMIA

Os Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (PAHs) presentes em nebulosas planetárias sofrem a interação da radiação Ultravioleta (UV) e Raios-X, provenientes da estrela central, que provocam a excitação, ionização e dissociação destas moléculas. Neste trabalho estudamos a fotodissociação de um PAH, a molécula metil-antraceno (C14H9CH3) usando fótons UV e Raios-X. Os experimentos foram realizados no Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS), localizado em Campinas, SP. Foram obtidos espectros de massa fazendo uso da técnica de coincidência elétron-íon, onde os fragmentos iônicos da molécula foram identificados e as abundâncias relativas de cada fragmento foram determinadas. Observamos que o metil-antraceno é muito resistente aos fótons UV, fragmentando-se pouco. O que confirma que os PAHs absorvem no UV, rearranjam-se internamente e imitem no infravermelho. No entanto, observamos que a molécula é muito destruída quando usamos Raios-X, produzindo íons mais leves. A identificação dos fragmentos nos espectros de massa também nos permitiu verificar que radicais e moléculas detectados na nebulosa planetária CRL 618 — como o C4H2, C6H2, C4HCH3 e C2HCH3 – são produtos da fotofragmentação da molécula metil-antraceno. Este resultado nos leva a supor que estes fragmentos podem ser resultantes da fotodissociação de outros PAHs metilados, corroborando com outros resultados na literatura que sugerem a existência deste grupo molecular no meio interestelar.