Análise da comunidade recifal da foz do Rio Doce após o desastre de Mariana

• Autor(a) principal: Rocha, André Machado
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/12259
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA DE PRODUCAO; Desastre de Mariana; Redes neurais

O desabamento da barragem de Mariana jogou milhões de toneladas de lama tóxica no Rio Doce, e consequentemente no mar do Espírito Santo. Esse incidente já é considerado o maior desastre ecológico de que se tem notícia no Brasil. Ao norte do deságue do Rio Doce encontra-se o Banco de Abrolhos, um dos maiores santuários ecológicos do país. Inicialmente, se pensava que os rejeitos tóxicos tomariam o caminho do sul, em direção ao litoral carioca, porém novos indícios apontam que uma parte dos resíduos tomaram o caminho do norte, chegando ao sul de Abrolhos, onde se localizam recifes recém-descobertos. O sistema coralíneo da foz do Rio Doce apresenta diversas espécies de corais em risco de extinção, e apresentava sinais de vitalidade. Neste trabalho, com base nas amostras coletadas, foi realizada uma análise da comunidade recital da foz do Rio Doce através da aplicação de modelos de aprendizado estatístico, que vem sendo mais utilizados na Biologia conforme a demanda por informação aumenta, especialmente pela sua capacidade de identificar relações não-lineares. Os resultados apontaram as variáveis que estariam correlacionadas `a cobertura de corais nos recifes, em especial a correlação negativa da combinação dos colchões de algas epilíticas e cianobactérias com a cobertura coralínea. Também foram detectados indícios de influências positivas de determinadas concentrações de esponjas e CCA para o desenvolvimento de espécies de corais.