Leonilson e as representações de si: a continuidade artista-corpo-obra

• Autor(a) principal: Alves, Julia Guimarães
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/16450
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES::FUNDAMENTOS E CRITICA DAS ARTES::HISTORIA DA ARTE; Corpo; Arte contemporânea; Narrativa de si; Homossexualidade; Hiv-aids

Inserindo-nos no seio da discussão acerca do papel do corpo do artista nas poéticas contemporâneas, o presente trabalho de conclusão de curso propõe constatar a continuidade artista-corpo-obra na produção de Leonilson entre 1988 e 1993. Colocando-se como tema principal de seus trabalhos, entendemos que o artista compôs uma espécie de diário visual, tendo sua interioridade como principal fonte de criação. No entremeio de suas muitas “páginas”, encontramos diversas representações de si, nas quais Leonilson se fez tela, desenho, bordado e instalação, enquanto jogava com o figurativo, o abstrato e a palavra. Assim, investigamos como seu corpo-obra reflete as inflexões do sujeito, operando ora como suporte de sua narrativa de si, ora como metonímia de si. Para tal, apoiamo-nos nos diversos depoimentos deixados pelo artista, bem como nos escritos de estudiosos de sua obra, como Lisette Lagnado, Adriano Pedrosa, Bitu Cassundé e Paulo Reis. A partir de questões suscitadas por seus trabalhos, como sua experiência com a homossexualidade e com a soropositividade, cogitamos uma possível intersecção entre corpo, produção autonarrativa, sexualidade e doença. Então, dialogamos com Michel Foucault, Judith Butler, Susan Sontag, Douglas Crimp, entre outros, descobrindo o potencial ético de sua postura autorrepresentativa.