Caracterização de óxidos e sulfetos do Rear Arc de Izu-Bonin-Mariana, Mar das Filipinas (Expedição 350 IODP)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caetano, Beatriz Gomes
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/10254
Resumo: A expedição 350 do International Ocean Discovery Program (IODP) perfurou pela primeira vez a região de rear arc de Izu-Bonin-Mariana (IBM). O furo foi locado em uma bacia restrita do tipo “volcano-bounded” próximo ao Monte Manji (ca. 7Ma), onde foram descritas pela primeira vez evidências de um sistema do tipo cobre-pórfiro submarino relacionado ao vulcanismo de rear arc no arco Izu. Resultados da expedição indicaram a presença de litoclastos de andesito com alteração potássica nas unidades com idade coerente a da mineralização, alteração propilítica pervasiva a partir de 680 metros abaixo do fundo oceânico (m.a.f.o.) até a base da última unidade perfurada (1806,50 m.a.f.o.), e evidências de percolação de fluidos anômalos. Outros estudos pós expedição mostraram progressiva modificação da mineralogia magnética (óxidos e sulfetos de ferro), devido a diagênese, ao longo de toda sucessão vulcanoclástica, e modificações pontuais em intervalos relacionados a incursão de fluidos modificados. Os objetivos deste estudo são: (i) identificar e caracterizar os óxidos e sulfetos com MEV/EDS ao longo das unidades litoestratigráficas com idades entre ~9 e 4,3 Ma; (ii) determinar a distribuição de óxidos e sulfetos ao longo das sucessões vulcanoclásticas; (iii) identificar influências de processos diagenéticos e autigênicos na sucessão vulcanoclástica estudada e (iv) estabelecer possíveis relações com processos magmático-hidrotermais ocorridos no rear arc. Os resultados obtidos neste trabalho mostraram que os óxidos e sulfetos presentes são fases da série magnetita-titanomagnetita, ilmenita, pirita/greigita, esfalerita, calcopirita, galena e uma ocorrência de stannoidita. Os óxidos de ferro e titânio apresentaram texturas relacionadas a oxidação ao longo de todos os intervalos analisados e foi identificada a formação de pirita/greigita relacionada à perda de ferro por dissolução/oxidação da Ti-magnetita. Litoclastos de andesito com alteração potássica foram erodidos do Monte Manji e depositados nas sucessões vulcanoclásticas. Os sulfetos identificados em intervalos com idade entre 7,5 e 4,3 Ma, junto com ouro, prata, cerussita, anidrita e barita foram relacionados a atividade hidrotermal do tipo veios epitermais de Cu-Zn-Pb + Au ± Ag, relacionada ao sistema pórfiro do Monte Manji, como um estágio final de circulação de fluidos na bacia. As ocorrências de sulfetos nos intervalos com idades entre 9 e 7,5 Ma são consideradas de origem detrítica, e foram atribuídas a atividade hidrotermal ocorrida nos estágios iniciais de construção dos montes submarinos do rear arc de Izu.
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