Levantamentos magnetotelúricos na Bacia de Cuyo, Argentina

• Autor(a) principal: Saar, Hugo Ferreira
• Data de Publicação: 2007
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/9884
• topic: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOFISICA; Magnetotelúrico; Inversão de velocidades; Subducção

A bacia de Cuyo possui inúmeros campos de petróleo, e está localizada na região de Mendoza, no noroeste da Argentina. Nesta região ocorre a zona de subducção da placa de Nazca sob a placa Sul Americana, que apresenta diferentes ângulos de inclinação (10º a 30º) de norte a sul. Isto acarreta a ocorrência de diferentes tipos de rochas vulcânicas a oeste da bacia, e a existência de uma frente de avanço da orogenia andina sobre a bacia de Cuyo, a qual, segundo a maioria dos autores que estudaram a bacia, teria soterrado até os sedimentos terciários da bacia de Cuyo. Infelizmente, inexistem afloramentos no local que possam corroborar a teoria de soterramento de sedimentos pelas rochas vulcânicas, e somente as técnicas geofísicas podem ajudar a esclarecer esta dúvida. A indústria do petróleo, por óbvio, realizou inúmeros levantamentos sísmicos de reflexão na borda oeste da bacia de Cuyo, e constatou a falta de horizontes refletores, o que deve ser devido a inversão de velocidade, ocorrência que sabidamente impede a reflexão das ondas sísmicas. Por este motivo, as únicas técnicas viáveis no estudo da região são aquelas em que se utiliza a propagação de ondas eletromagnéticas. Neste intuito, foram realizados dois perfis magnetotelúricos na região da borda Oeste da bacia de Cuyo, sendo um na direção Oeste-Leste , na latitude de Jocolí, denominado de linha 1, e outro mais ao Norte, na de Ramblón, denominado de linha 2. Em ambos os perfis foram realizadas seis sondagens MT, sendo feita duas inversões 2D, cujos resultados são comentados no capítulo 6.