Um grid de modelos de poeira de estrelas S

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Henrique Saraiva de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/20901
Resumo: As estrelas S são consideradas como estrelas que se encontram em uma fase intermediária da evolução sobre o ramo assintótico das gigantes (AGB), entre estrelas de tipo M (gigantes vermelhas ricas em oxigênio) e tipo C (ricas em carbono). Nessa trajetória evolutiva a razão C/O varia entre o valor solar até razões muito mais altas que a unidade. Nesse esquema as estrelas S apresentam bandas moleculares de ZrO e LaO na região espectral visível. A transição entre as estrelas M e as C marca uma transição química importante na evolução AGB. Inicialmente as estrelas M (C/O < 1) apresentam intensas bandas moleculares de T iO, SiO e H2O, enquanto que nas C (C/O > 1) moléculas ricas em carbono dominam: CH, C2 e C2H2. As propriedades químicas e físicas da poeira estão relacionadas à composição química da fotosfera. Assim, silicatos e óxidos estão presentes nas estrelas M e carbono amorfo, grafite e carbeto de silício são formados nas estrelas C. Quando a razão C/O está muito próxima da unidade, quase todo C e O estão presos na molécula CO e a sequência da condensação de poeira não é bem conhecida. Muito recentemente Smolders et al. (2012 A&A, 540, 72) apresentaram uma classificação para as estrelas S em 3 grupos distintos segundo as características espectrais apresentadas por tais objetos, comparando espectros infravermelhos obtidos pelo telescópio espacial Spitzer. Neste trabalho validamos alguns dos resultados através de modelos para os envoltórios de poeira de algumas estrelas S da amostra de Smolders et al. (2012). Também apresentamos a sugestão de que, pelo menos no caso específico da estrela π1Gruis, parece existir uma evolução direta desta classe de estrelas para a fase post-AGB, sem passar pela fase C.
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