A corresponsabilização da pessoa com feridas crônicas em seu processo de cuidado

• Autor(a) principal: Bernardo, Larissa Aguiar
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/16563
• topic: Enfermagem; Ferimentos e lesões; Cicatrização de feridas; Cuidados de enfermagem; Autocuidado; Nursing; Nursing care; Wounds and injuries; Wound healing; CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM

As lesões crônicas são consideradas problemas de saúde pública no Brasil, uma vez que, interferem na qualidade de vida das pessoas ao alterar sua autoimagem e interferir diretamente em atividades da vida diária, como lazer, atividades físicas, trabalho e outras, provocando um impacto biopsicossocial. Com um tratamento longo e complexo, por vezes promove desmotivação, não cooperação no cuidado e falta de adesão, o que retarda o processo de cicatricial. Os objetivos deste estudo são compreender a forma que as lesões significam e impactam na vida das pessoas que as possuem, analisar o papel e a corresponsabilização desta pessoa no cuidado às suas lesões e descrever sobre a construção de um material com base no cuidado educativo implementado com pessoas com lesões crônicas. Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório no qual a Pesquisa Convergente Assistencial foi utilizada. A pesquisa resultou na elaboração de um material educativo voltado para pessoas com lesões crônicas acerca da prevenção, tratamento e a corresponsabilização no processo de cuidado. Foram entrevistadas 20 pessoas com feridas nesta classificação. O cenário escolhido foi um centro especializado em lesões cutâneas na cidade de Macaé, Rio de Janeiro. O desenvolvimento ocorreu através de entrevistas individuais com a problematização da corresponsabilização da pessoa em seu processo de cuidado e em seguida, com a construção do material voltado para as necessidades identificadas. Identificou-se necessidade de orientações sobre a lesão crônica e as ações, para prevenir agravos, recidivas e alcançar a cicatrização, visando a melhoria da qualidade de vida. Através do diálogo e da educação em saúde, foi observado que a construção do conhecimento entre a pessoa e o profissional pela relação dialógica e educativa, estimula o autoconhecimento e autonomia, estimulando a percepção que a pessoa é o centro do cuidado e que suas ações são imprescindíveis para o sucesso da terapêutica, sendo com a equipe, corresponsável pelo seu cuidado.