Rede sobre as águas: a saúde no contexto ribeirinho amazônico

• Autor(a) principal: Lima, Eduardo Fernandes Felix de
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/16080
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA; Unidade Básica de Saúde; População ribeirinha; Atenção primária à saúde

O objetivo deste trabalho é analisar o projeto da Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF) a partir da experiência de estágio eletivo do autor. Acompanhou-se o trabalho de uma equipe de saúde da família fluvial (eSFF) ao longo de 20 comunidades ribeirinhas nos rios Tefé e Curumitá, no Amazonas. Para a contemplação do objetivo do estudo utilizou-se da estratégia de pesquisa conhecida por triangulação de métodos, na qual os elementos então triangulados correspondem à narrativa que caracteriza e relata a experiência do estágio eletivo; a teoria, através de duas obras consagradas no campo da saúde coletiva, que são os atributos da atenção primária de Starfield (2002) e a taxonomia das necessidades de saúde elaborada por Cecílio e Matsumoto (2006) acrescidas da edição feita por Merhy (2007); as afecções que a vivência do estágio eletivo produziu no autor. Observou-se que o projeto da UBSF como um dispositivo da atenção básica se estabeleceu considerando grande parte do que se pensa sobre os atributos da atenção primária e as necessidades de saúde de indivíduos e/ou grupos. Aponta-se ainda que problemas na fixação profissional afeta o estabelecimento de vínculo usuário-equipe e seu acompanhamento ao longo do tempo. Além disso, há uma dificuldade da medicina científica em dialogar com práticas tradicionais e alternativas de cuidado. Por fim, reforça-se a necessidade de estudos sobre a organização dos serviços de saúde em diferentes contextos, como a amazônia ribeirinha, e sua visibilização. E ressalta-se que analisar e/ou avaliar projetos inovadores, como a UBSF, requer instrumentos analíticos e avaliativos também inovadores, sob o risco de que “aquilo que flutua também possa estar amarrado”.