Oxum e o mito da fragilidade feminina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Isabela Oliveira
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/16601
Resumo: Este trabalho discute como o mito da fragilidade feminina está enraizado na sociedade brasileira. A noção pré-histórica da divisão de responsabilidades entre homens e mulheres baseada somente na força física e as imagens do Cristianismo que adentraram o imaginário da população. Exemplos midiáticos que confirmam e difundam esse modelo provam como o ideal persiste ao longo das décadas. É traçado um paralelo entre as mulheres e Oxum, divindade africana da beleza e da fertilidade. A feminilidade e sensualidade de ambas são interpretadas como vulnerabilidade e fraquezas física, intelectual e emocional. Rebateremos esse estereótipo com a mitologia africana do Candomblé de Ketu, principal nação ainda presente no Brasil. Os mitos milenares que resistiram à escravidão, à colonização e ao tempo, ensinam, no século XXI, que a estética feminina nada tem a ver com fragilidade. Toda mulher pode ser vaidosa, bonita, delicada e, ao mesmo tempo, raivosa, cruel, violenta e dissimulada. Nenhum corpo feminino conta somente uma história.
id UFRJ_9ec5b77849fdaad25bd0a734524240c7
oai_identifier_str oai:pantheon.ufrj.br:11422/16601
network_acronym_str UFRJ
network_name_str Repositório Institucional da UFRJ
repository_id_str
spelling Reis, Isabela OliveiraCoutinho, Eduardo GranjaBarbosa, Zilda MartinsSodré, Muniz2022-03-29T21:10:12Z2023-11-30T03:01:45Z2018-01-01REIS, Isabela Oliveira. Oxum e o mito da fragilidade feminina. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Comunicação - Jornalismo) - Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.http://hdl.handle.net/11422/16601Submitted by Biblioteca do CFCH CFCH (tccpantheonbibliotecacfch@gmail.com) on 2022-01-06T13:31:37Z No. of bitstreams: 1 IReis.pdf: 353989 bytes, checksum: dfe6f971ea78beed888a32c335db6c37 (MD5)Made available in DSpace on 2022-03-29T21:10:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 IReis.pdf: 353989 bytes, checksum: dfe6f971ea78beed888a32c335db6c37 (MD5) Previous issue date: 2018-01-01Este trabalho discute como o mito da fragilidade feminina está enraizado na sociedade brasileira. A noção pré-histórica da divisão de responsabilidades entre homens e mulheres baseada somente na força física e as imagens do Cristianismo que adentraram o imaginário da população. Exemplos midiáticos que confirmam e difundam esse modelo provam como o ideal persiste ao longo das décadas. É traçado um paralelo entre as mulheres e Oxum, divindade africana da beleza e da fertilidade. A feminilidade e sensualidade de ambas são interpretadas como vulnerabilidade e fraquezas física, intelectual e emocional. Rebateremos esse estereótipo com a mitologia africana do Candomblé de Ketu, principal nação ainda presente no Brasil. Os mitos milenares que resistiram à escravidão, à colonização e ao tempo, ensinam, no século XXI, que a estética feminina nada tem a ver com fragilidade. Toda mulher pode ser vaidosa, bonita, delicada e, ao mesmo tempo, raivosa, cruel, violenta e dissimulada. Nenhum corpo feminino conta somente uma história.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilEscola de ComunicaçãoCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO::JORNALISMO E EDITORACAOOxum (Orixá)FeminilidadeMitoOxum e o mito da fragilidade femininainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/16601/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52ORIGINALIReis.pdfIReis.pdfapplication/pdf353989http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/16601/1/IReis.pdfdfe6f971ea78beed888a32c335db6c37MD5111422/166012023-11-30 00:01:45.814oai:pantheon.ufrj.br:11422/16601TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:01:45Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Oxum e o mito da fragilidade feminina
title Oxum e o mito da fragilidade feminina
spellingShingle Oxum e o mito da fragilidade feminina
Reis, Isabela Oliveira
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO::JORNALISMO E EDITORACAO
Oxum (Orixá)
Feminilidade
Mito
title_short Oxum e o mito da fragilidade feminina
title_full Oxum e o mito da fragilidade feminina
title_fullStr Oxum e o mito da fragilidade feminina
title_full_unstemmed Oxum e o mito da fragilidade feminina
title_sort Oxum e o mito da fragilidade feminina
author Reis, Isabela Oliveira
author_facet Reis, Isabela Oliveira
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Reis, Isabela Oliveira
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Coutinho, Eduardo Granja
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Barbosa, Zilda Martins
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Sodré, Muniz
contributor_str_mv Coutinho, Eduardo Granja
Barbosa, Zilda Martins
Sodré, Muniz
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO::JORNALISMO E EDITORACAO
topic CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO::JORNALISMO E EDITORACAO
Oxum (Orixá)
Feminilidade
Mito
dc.subject.por.fl_str_mv Oxum (Orixá)
Feminilidade
Mito
description Este trabalho discute como o mito da fragilidade feminina está enraizado na sociedade brasileira. A noção pré-histórica da divisão de responsabilidades entre homens e mulheres baseada somente na força física e as imagens do Cristianismo que adentraram o imaginário da população. Exemplos midiáticos que confirmam e difundam esse modelo provam como o ideal persiste ao longo das décadas. É traçado um paralelo entre as mulheres e Oxum, divindade africana da beleza e da fertilidade. A feminilidade e sensualidade de ambas são interpretadas como vulnerabilidade e fraquezas física, intelectual e emocional. Rebateremos esse estereótipo com a mitologia africana do Candomblé de Ketu, principal nação ainda presente no Brasil. Os mitos milenares que resistiram à escravidão, à colonização e ao tempo, ensinam, no século XXI, que a estética feminina nada tem a ver com fragilidade. Toda mulher pode ser vaidosa, bonita, delicada e, ao mesmo tempo, raivosa, cruel, violenta e dissimulada. Nenhum corpo feminino conta somente uma história.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-01-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-03-29T21:10:12Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-11-30T03:01:45Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv REIS, Isabela Oliveira. Oxum e o mito da fragilidade feminina. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Comunicação - Jornalismo) - Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11422/16601
identifier_str_mv REIS, Isabela Oliveira. Oxum e o mito da fragilidade feminina. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Comunicação - Jornalismo) - Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
url http://hdl.handle.net/11422/16601
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRJ
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Escola de Comunicação
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRJ
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Repositório Institucional da UFRJ
collection Repositório Institucional da UFRJ
bitstream.url.fl_str_mv http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/16601/2/license.txt
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/16601/1/IReis.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255
dfe6f971ea78beed888a32c335db6c37
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1784097229122830336